Advogado é acusado de agredir esposa em hotel de Salinópolis: 'Eu vou te encontrar no inferno'
Mulher conseguiu uma medida restritiva que proíbe advogado de se aproximar dela: "Eu só espero justiça"
Uma mulher de 27 anos denunciou que foi vítima de agressões por parte do marido, Jonatan dos Santos Pereira, advogado e integrante da Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará (OAB-PA). No relato, a vítima disse que denunciou Jonatan na Delegacia de Polícia Civil de Salinópolis, no litoral nordeste paraense, sinalizando que a última agressão aconteceu no dia 1º de agosto deste ano.
No depoimento, atrelado ao inquérito, a vítima diz aos policiais que havia sido agredida por Jonatan e que aquela não seria a primeira vez. A depoente relatou também que o companheiro a segurou pelos braços e a agrediu com socos no rosto.
Em conversa com O Liberal, a mulher alega que é vítima de violência física, psicológica e emocional por parte do advogado, com quem se casou em 2017. O episódio em Salinas aconteceu em um hotel de luxo, onde o ex-marido fechou a loja que ela administrava em sociedade com ele e vendeu alguns dos equipamentos, sem o seu consentimento, em um site de venda e troca de produtos.
Casada há cinco anos e quatro meses com o advogado, ela relatou que a convivência vem sendo marcada por conflitos nos últimos três anos, período em que Jonatan passou a agredi-la constantemente, tanto verbalmente, quanto física e psicologicamente.
Segundo ela, as agressões ocorridas em Salinas começaram por conta de ciúmes do advogado, já que eles passaram um período separados no ano passado e, desde aí, ele vêm apresentando um comportamento agressivo, alegando que ela havia se envolvido com outras pessoas.
SAIBA MAIS:
Situação
Num desses episódios, o casal estava em um bar e, movido por ciúmes dos membros da banda que tocava no local, começou uma discussão Mesmo tensa, ela tentou acalmar o marido e mostrar que não havia motivos para brigas. Ao que advogado teria comentado: “Égua, essas tuas unhas tem que ser tosadas, eu pago a semana toda pra ficar isso [sic]”. Todas essas falas foram reproduzidas no inquérito.
Ele ainda completou: "Sua filha da p**a. Tu vai ficar é aqui, sua desgraçada, quem manda em ti é eu, maldita foi a hora que eu voltei contigo, vagabunda maldita [sic]", diz o relato
“Eu comecei a chorar nessa hora. Ele começou a gritar, me chamar de filha da p**a e apontar o dedo na minha cara, na frente de todo mundo”, relata. Ao sair do bar, a vítima disse que recebeu um golpe mata-leão e e também várias agressões verbais do advogado quando voltavam ao hotel onde estavam hospedados.
Já no quarto do hotel, a mulher diz que teve de se trancar no banheiro porque Jonatan estava querendo quebrar o celular dela. Depois de algum tempo, ela recebeu o auxílio de outros hóspedes, que chamaram a Polícia Militar e conduziram o casal à delegacia.
Jonatan a teria agarrado pelo pescoço e dito:"Tu sabe que não vai dar em nada tu ir na delegacia, porque eu sou advogado e tenho minhas prerrogativas, tu não tem nada na vida. Tudo quem te dá é eu, tu é minha submissa, se tu me deixar tu vai ficar na lama, sem nada", relatou em depoimento.
“Eu só espero justiça e que ele possa pagar por tudo que ele fez comigo. Eu construí tudo com ele do zero, começamos em um quitinete. Só fomos crescendo, e hoje, eu saí da minha casa sem nada”, lamenta a vítima.
A redação integrada de O Liberal já entrou em contato com a defesa do advogado Jonatan, bem como com a OAB-PA, e aguarda retorno.
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