Acusado de executar desafeto é absolvido por falta de testemunhas, em Belém
A decisão acolheu por maioria dos votos a tese da defesa de negativa de autoria. Diego Alberto Dias Mendes, 31, era acusado de assassinar Paulo Sérgio Pereira Junior em 2017
O ajudante de pedreiro Diego Alberto Dias Mendes, 31 anos, acusado de executar Paulo Sérgio Pereira Junior, 26, no ano de 2017, foi absolvido nesta quarta-feira (9) por jurados do 4º tribunal do júri de Belém, sob a presidência do juiz Claudio Henrique Rendeiro. A decisão acolheu por maioria dos votos a tese da defesa de negativa de autoria, sustentada pelo advogado Berg Dilon Auad Nascimento.
O promotor de júri Jaime Bastos Filho não sustentou a acusação, diante da ausência das testemunhas. A promotoria atribuiu a ausência das testemunhas presenciais ao medo que moradores da área têm de envolvidos com tráfico, e considerou que a vítima foi assassinada em razão de não estar cumprindo ordens do traficante da área.
Em interrogatório, o réu negou ter cometido o homicídio, atribuindo a acusação ao fato de ter morado próximo da vítima e, à época do crime, estar foragido do sistema penal. Ele cumpria pena por crime de roubo, e fugiu ao ser transferido para a Colônia Agrícola Helena Fragoso, em Santa Izabel do Pará.
O acusado alegou que fugiu para tratar de uma tuberculose que contraiu no cárcere. Diego, conhecido como "Louro", foi acusado pela viúva da vítima, por desavenças que ambos tiveram no passado.
Um irmão da vítima, que teria presenciado o crime, não compareceu ao júri. Juvenal Cravo, vizinho da vítima, que apontou na polícia o réu como autor dos disparos, não confirmou as declarações em juízo.
O crime
O crime ocorreu por volta das 9h do dia 05 de agosto de 2017, na residência da vítima, localizada no bairro da Pedreira. Paulo Sérgio estava iniciando o trabalho de aluguel de mesas e cadeiras, quando o atirador chegou numa moto, de capacete e fez vários disparos de arma de fogo contra ele, que morreu no local.
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