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Caio Oliveira

Movimento sociais de mulheres se reuniram em protesto na frente do Fórum Criminal de Belém na manhã desta sexta-feira, 08, local onde era realizado o o julgamento de Boaventura Dias de Lima, acusado de cometer o feminicídio que teve como vítima Leila Arruda, mulher morta em Belém no dia 19 de novembro de 2020. Feminista e ligada à política e causas sociais, Leila era natural de Curralinho, no arquipélago do Marajó, e concorria à prefeitura do município. Foi da ilha que partiu uma caravana de cerca de 30 pessoas, formada por integrantes do Movimento Filhas de Leila, familiares e amigos, para acompanhar o julgamento na capital paraense. 

“Viemos cobrar justiça, nós que convivemos com Leila em campanha. Estamos aqui hoje com essa caravana dando força e solidariedade aos irmãos e filhos dela que estão aí hoje. A gente não acha justo tanta mulheres serem ceifadas no Marajó”, disse Camila Castro, coordenadora do Filhas de Leila, grupo que foi mobilizado pela vítima ainda em vida, começando como uma articulação de mulheres marajoaras. Formada em Pedagogia, Leila tinha 49 anos e também foi fundadora e militante do Movimento de Mulheres Empreendedoras da Amazônia (Moema).  

O julgamento foi presidido pelo juiz Cláudio Hernandes da Silva Lima, titular da 4ª vara da capital, e acompanhando por parentes, membros de movimentos sociais e seis integrantes da Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB - Seção PA). O defensor público do julgamento foi Alex Mota Noronha, enquanto o promotor foi Samir Dahas Jorge.

Um dos depoimentos mais marcantes foi de Léo Arruda, irmão da vítima que foi ouvido como testemunha. Segundo ele, mesmo que o casal estivesse separado há anos, Boaventura ainda tinha um sentimento de posse com a vítima. Após cometer o crime, o homem ferido por conta da luta com a mulher foi procurar advogados entre os familiares da vítima. Uma sobrinha de Leila não só recusou como chamou imediatamente a polícia, que prendeu o réu horas depois do crime. "Ela sempre procurava colocar o pão de cada dia em casa e ele não queria nada. Ela começou a estudar e trabalha fora, e o ciúme dele foi aumentando, ele dizia que ela estava atrás de outro homem", disse o irmão de Leila, entre lágrimas.

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