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Varíola dos Macacos: Pará chega a 18 casos suspeitos; Belém tem dois casos

O novo caso suspeito em investigação é de Belém. Sespa descarta transmissão comunitária após casos de São Miguel do Guamá

Gabriel Pires
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Na tarde desta quarta-feira (10), um novo caso suspeito de varíola dos macacos (Monkeypox) foi notificado em Belém e seguirá para investigação, segundo informou a Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa). Agora, o número total de casos suspeitos sobe para 18. Contudo, a Secretaria descarta a transmissão comunitária após casos informados em São Miguel do Guamá.

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Até o momento, Sespa garante que há apenas um caso confirmado

Até o momento, há um caso confirmado de Monkeypox no Estado, proveniente de Belém, mas, tendo sido notificado pelo município de Ananindeua, na região metropolitana. Outros 18 casos suspeitos seguem em investigação, notificados pelos seguintes municípios: Ananindeua (2), Belém (2), Castanhal (1), Paragominas (1), Parauapebas (6), São Miguel do Guamá (1) e Santarém (5). O acompanhamento e o monitoramento dos pacientes são feitos pelas secretarias de saúde municipais.

A Sespa também informou que segue as diretrizes do Ministério da Saúde (MS) e que mantém orientações aos municípios acerca da doença.

O que é a varíola dos macacos?

O infectologista Alessandre Guimarães explicou que a varíola dos macacos foi diagnosticada nos animais por meio de estudos de laboratórios em meados de 1956, ou seja, a doença já é conhecida pela comunidade científica e já passou por campanhas de vacinação. “Já existem vacinas no mundo contra a varíola, não é uma enfermidade nova. Ela foi descontinuada na década de 1970 porque foi uma doença erradicada no mundo inteiro, então, não foi mais necessário vacinar pessoas”, disse Alessandre.

Sintomas

Segundo o especialista, os sintomas são semelhantes a de outras doenças virais, como febre e dor de cabeça. “É a partir do terceiro dia de evolução que tem os indicativos mais voltados para a varíola, com o aparecimento das lesões. E, depois, por volta do 5º dia, começam a surgir as erupções. Elas começam como erupções simples na pele. Enquanto tiver as lesões, o indivíduo pode estar transmitindo”, ponderou o médico. 

Além disso, cerca de 95% dos casos têm lesões na face, ao passo que 75% das feridas se encontram na região genital.

Como evitar contrair a doença?

O médico ainda cita que fazem parte das principais formas de evitar a varíola dos macacos as seguintes medidas: manter hábitos de vida saudáveis; usar máscara; e não estigmatizar pessoas infectadas.

“A imunidade está diretamente relacionada. Para qualquer doença infecciosa, há uma resposta imunológica. Se a pessoa tiver imunossupressão severa, ela tem que fortalecer a imunidade”, disse o infectologista Alessandre Guimarães.

Segundo Guimarães, a relação sexual não necessariamente é um vetor para a transmissão, mas pode ajudar. O beijo, inclusive, também pode ser uma via.

Tratamento

A varíola dos macacos não possui um tratamento específico, pois os sintomas costumam desaparecer algumas semanas depois do contato com o vírus. Em caso de fortes dores, o médico pode indicar o uso de analgésicos para aliviar os sintomas.

A vacina para o vírus existe, mas foi descontinuada no fim da década de 1970 porque a doença havia sido erradicada. Quem tomou a vacina contra varíola humana até a década de 1980 está imune. Já existem vacinas mais modernas que estão sendo aplicadas no Reino Unido, em pessoas da área da saúde e grupos especiais. No Brasil, foi feito um pedido de 50 mil doses. O Ministério da Saúde deve aplicar primeiro para esse público de maior risco.

(*Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão de Victor Furtado, coordenador do Núcleo de Atualidades)

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