Última parte de embarcação antiga encontrada na Doca é resgatada na noite desta segunda-feira

A retirada da embarcação – que tem 22 metros de comprimento, 7 m de largura e 2,25 m de profundidade – foi dividida em três partes: proa e duas áreas definidas como “mesial”. Restauração deve durar cinco meses

Com informações de Agência Pará
Leonardo Macêdo/Ascom Seop
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A embarcação metálica antiga, encontrada durante as obras da Nova Doca, na Avenida Visconde de Souza Franco, em Belém, teve o terceiro e último segmento resgatado na noite desta segunda-feira (27). Ao longo de cinco meses, com o acompanhamento da Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o achado arqueológico passou por minuciosos procedimentos de escavação e içamento para que sofresse o mínimo de intervenção, mantendo as suas características.

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“Desde que o Iphan recomendou que fosse feita a retirada dessa embarcação, submetemos um projeto, fazendo toda a descrição do que foi achado, o plano metodológico de escavação e a partir disso recebemos uma nova portaria autorizando o procedimento. Agora, finalizamos esse primeiro momento de salvamento arqueológico. Continuaremos os estudos, fazendo as coletas necessárias, com o acompanhamento de mapeamento, desenho, registro fotográfico, todo o processo técnico para entender essa embarcação e o contexto histórico em que ela está inserida”, explica Kelton Mendes, arqueólogo contratado pela empresa responsável pela Nova Doca e que monitora o processo de arqueologia da obra. 

A retirada da embarcação – que tem 22 metros de comprimento, 7 m de largura e 2,25 m de profundidade – foi dividida em três partes: proa e duas áreas definidas como “mesial”. O terceiro segmento será transportado nesta terça-feira (27), para o laboratório que está sendo montado no estacionamento de uma faculdade particular, localizada ao lado do Porto Futuro I, onde a embarcação ficará exposta ao público após o restauro. 

Diante dos alinhamentos com o Iphan, por meio da superintendente Cristina Vasconcelos e o arqueólogo Augusto Miranda, o achado passará pelo processo de restauração, que deve durar cerca de 150 dias (cinco meses). 

"Com a última parte desse achado, vamos poder dar início ao processo de restauro. Isso também inclui a montagem de uma estrutura elevada, que vai receber as três partes que formam essa embarcação. Vamos partir para a fase de análises laboratoriais, limpeza de todo o material, procurando o procedimento mais adequado de restauro e a devida exposição", contou a arquiteta responsável pela restauração, Tainá Arruda. 

Registros históricos

A embarcação deve conter informações que contribuam para reflexões acerca da história da formação urbana de Belém, e como, ao longo do tempo, a sociedade mudou suas relações com os rios e igarapés, que eram as vias de locomoção antes do aterramento e asfaltamento da cidade. O achado ocorreu em um local que já foi entreposto econômico e portuário no passado, e se tornou um bairro comercial e habitacional, dissociado da identidade portuária. 

 

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