Técnicos da Secretaria de Meio Ambiente realizam testes em área do rio Tapajós

Com resultado rápido obtido por meio do equipamento, foi identificado que a água estava mais turva no meio do rio, comparando com a água presente na margem

Andria Almeida / O Liberal

Equipe de técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) desembarcou nesta quarta-feira (19), no município de Santarém, oeste paraense, para avaliar as condições da água do rio Tapajós, que apresenta mudança na coloração.

A equipe é coordenada pelo secretário estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Mauro O’ de Almeida, é composta por técnicos da Diretoria de Recursos Hídricos, do Núcleo de Monitoramento Hidrometeorológico, Diretoria de Fiscalização e da Assessoria Especial de Inteligência e Segurança Corporativa.

Segundo a Semas, a equipe coletou informações por via aérea e por via terrestre na vila de Alter do Chão. Um teste de medição dos parâmetros físicos foi realizado também para checar a turbidez da água do rio Tapajós. Para a verificação, foi utilizada uma sonda multi parâmetro que avalia, entre outros aspectos, o PH e a temperatura da água.

Com resultado rápido obtido por meio do equipamento, foi identificado que a água estava mais turva no meio do rio, comparando com a água presente na margem. O secretário de Estado revela os indícios preliminares que podem ter ocasionado a mudança da cor da água do rio Tapajós na região.

“Nós caminhamos para uma conclusão que, de fato, possa ser o garimpo o elemento que mais tenha contribuído para esse sedimento. Há possibilidades, evidentemente, de que sejam sedimentos do rio, por conta das chuvas que nesse período são excessivas, sendo que há décadas que não há uma chuva dessa magnitude na região, mas a gente tem que ter certeza”, afirmou.

De acordo com dados do setor de hidrometeorologia da Secretaria, foram identificadas chuvas acima da média na região do Tapajós desde o mês de novembro do ano passado e que este fenômeno é recorrente na região.

Fiscalização busca impedir ação poluente de garimpos

Para Mauro O’ de Almeida, as medidas para identificar o que causou o escurecimento da água continuarão. O objetivo é ir nos garimpos para monitorar a água e então verificar se onde estão localizados existe predominância de algum elemento que possa ter causado a coloração turva no Rio.

“Nós vamos a campo verificar esses garimpos e depois teremos uma conclusão.” 

Ação de integração com a UFOPA

Integrantes do projeto “Águas do Tapajós” e Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), também estavam presentes no grupo de análise da água.

Iracenir Andrade, professora da Ufopa e coordenadora do projeto “Águas do Tapajós”, afirma que a soma de esforços irá gerar resultados significativos. “É louvável pensar o Pará de forma mais integrada. É fundamental garantir que as ideias sejam efetuadas e nós podemos fazer o levantamento das informações, beneficiando a todos. Isso é viável”, finalizou.

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