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Sondas para tratamento em casa estão em falta na rede estadual

Grupo relata estar há 30 dias sem retirar os material novo em Belém. Ao todo, Sespa distribui sondas para 370 pacientes.

Eduardo Laviano
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Os paraenses que dependem da rede estadual de saúde para adquirirem sondas e cateteres de uso doméstico estão há 30 dias sem receber os materiais na Unidade Regional Especializada Demétrio Medrado, no bairro da Sacramenta, em Belém. Apesar de retirarem os materiais em quantidade e de 15 em 15 dias, muitos pacientes com incontinência urinária ou em condições similares afirmam que o estoque pessoal próprio já está esgotando. A distribuição foi interrompida em outubro e, ao todo, 370 paraenses são atendidos na URE.

Josiane Pena é a mãe de uma delas. “Quarta-feira passadas fomos recebidos pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e nos disseram que tudo seria normalizado dia 9. Chegamos lá e não tinha sonda nenhuma”, afirma ela ao lembrar que voltou para casa, já que nenhum paciente recebeu esclarecimentos. Em nota, a Secretaria admitiu o problema e informou que já adquiriu o material para reposição. A empresa responsável deu prazo de entrega até o final desta semana.

A filha de Josiane tem 13 anos e sofre de uma condição grave chamada mielomeningocele. A doença rara registra menos de 150 mil casos por ano no Brasil e ocorre quando a medula espinhal de um bebê em desenvolvimento não se desenvolve como o esperado. “Ela utiliza desde criança. Hoje, precisamos de seis sondas por dia para garantir que ela fique saudável. Mas cada uma custa 15 reais”, lamenta ela. Além de arcar com os custos dos aparelhos, a Sespa também entrega um kit com líquido antibacteriano e lubrificante, para um manuseio adequado das sondas em casa. Para Josiane, isso faz toda a diferença. “Nossa assistência era completa, de qualidade, mas foi interrompida. Ainda tenho algumas sobrando, mas não vão durar muito”, prevê a contadora de 40 anos. 

image Segundo a Sespa, o material já foi adquirido e a situação será normalizada nas próximas semanas (Cristino Martins/O Liberal)

As principais sondas em falta são as de número 10 e 12, tanto femininas quanto masculinas. Josiane avalia que a interrupção gera uma preocupação ainda maior, que é a reutilização de sondas. “É compreensível, pois sem a ajuda do governo fica difícil comprar, mas infelizmente há um risco sério de infecção, pois muitas são feitas de PVC”, alerta ela.  O grupo está planejando um ato em frente à Sespa, mas não informou detalhes sobre a manifestação. 

 

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