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Sindicato denuncia 'fura-fila' e cobra explicações sobre vacinação

Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino Superior reclamam que trabalhadores que atuam na linha de frente do combate à covid-19 não foram vacinados na primeira leva de 500 doses da Coronavac

Eduardo Rocha
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O Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Pará (Sindtifes) denuncia, nesta quarta-feira (27), uma situação de “fura-fila” na vacinação contra a covid-19 no Complexo de Hospitais Universitários da Universidade Federal do Pará (UFPA).

A entidade disse ter recebido informação de que “trabalhadores que atuam na linha de frente da assistência de pacientes em tratamento com síndrome gripal não foram vacinados na primeira leva de 500 doses da Coronavac que chegaram para o complexo hospitalar, ao passo em que a superintendente do Complexo Hospitalar, que não atua na assistência direta aos pacientes, teve foto divulgada sendo imunizada pelo próprio secretário de saúde do município”. 

“Outros trabalhadores em situação semelhante, isto é, que atuam na parte administrativa e que são do grupo de risco (acima de 60 anos) também não foram vacinados em função da hierarquia de prioridades definida”, acrescenta o sindicato.

O Sindtifes destaca que, diante da falta de quantidade suficientes de vacinas para todos os trabalhadores da Saúde, é indispensável a transparência e a ética nos critérios de definição e aplicação do processo de vacinação, “de modo a combater a ocorrência de ‘fura-filas’ e a cultura da privilegiação e do ‘jeitinho brasileiro’, isto é, da corrupção, em um momento tão crítico da crise sanitária pela qual estamos passando”.

O sindicato externou que os trabalhadores do Hospital Bettina Ferro de Souza foram ofendidos e desrespeitados por gestores do Complexo Hospitalar na vacinação, “momento em que servidores alegaram terem sido xingados, ofendidos e desrespeitados nos corredores e filas de vacinação no Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) durante os dias de imunização”.

A diretoria do Sindfites encaminhou, com uma cópia à Reitoria da UFPA, solicitação à Superintendência do Complexo Hospitalar para divulgar com transparência o plano de vacinação dos trabalhadores dos hospitais universitários, com os critérios de prioridade, relação de nomes, locais e horários de vacinação e cronograma.

Risco

Em nota, o Complexo Hospitalar da UFPA informou que “a Professora-doutora Regina Feio Barroso, Superintendente do Complexo Hospitalar da UFPA/Ebserh, foi a segunda pessoa a se vacinar devido o fato de se enquadrar no grupo prioritário, por ter mais de 70 anos de idade, além de ser do grupo de risco com laudo dos infectologistas e trabalhar, permanentemente, desde o início da pandemia, no Hospital Barros Barreto, estando em contato constante com todo o corpo técnico-assistencial que, por sua vez, mantinha contato com os pacientes”. 

“Vale ressaltar que, apesar de não ser mais referência para casos graves de covid-19 desde julho do ano passado, a circulação de pessoas no HUJBB é intensa, mesmo com os serviços trabalhando com metade da capacidade. Além disso, o hospital possui em média 25 pacientes internados na enfermaria de covid-19 com sintomas leves e moderados, que chegam ao hospital com sintomas respiratórios e realizam triagem para covid-19. Por esse motivo, a governança do Complexo Hospitalar Universitário considerou prudente, diante dos fatores acima citados, que a Superintendente fosse resguardada nesse momento de aumento do número de casos, visto que seu trabalho é de fundamental importância para o funcionamento dos hospitais universitários do Pará”, acrescenta o Complexo.

Plano

Sobre o plano de vacinação nos hospitais universitários, o Complexo Hospitalar informa que “a gestão esclarece que o documento foi construído pela Governança do Complexo, que inclui a gerência de atenção à saúde do Hospital Bettina Ferro de Souza, e que estabeleceu os critérios para a vacinação nos hospitais. Vale ressaltar que o Sindtifes é membro do Conselho Consultivo da Governança do Complexo Hospitalar Universitário, participando ativamente nas decisões da Governança, e por isso a gestão está aberta a ouvir a entidade e trabalhar em conjunto em favor dos servidores e servidoras que atuam nos hospitais”.

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