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Sespa registra 130 doações de órgãos e tecidos nos cinco primeiros meses deste ano

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), foram realizados 361 transplantes no ano passado, 371 em 2023 e 100 em 2022

Saul Anjos
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De janeiro até 31 de maio deste ano, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) registrou 130 doações de órgãos e tecidos. Segundo o balanço da Sespa, foram realizados 361 transplantes no ano passado, 371 em 2023 e 100 em 2022. Alfredo Abud, coordenador da Central Estadual de Transplantes da Secretaria, conta que atualmente o Pará realiza cinco tipos de transplantes, sendo eles: de córnea, medula óssea, renal, hepático e musculoesquelético.  

A Sespa informou que os serviços de referência em transplante do estado são: Hospital Ophir Loyola- HOL (rim adulto) e a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará - FSCMPA (rim pediátrico e fígado), em Belém. Além destes, o Hospital Regional do Baixo Amazonas – HRBA, em Santarém, e o Hospital Regional Público do Araguaia em Redenção, ambos com suporte para transplante de rim.

Abud conta que a fila de espera por doações tem crescido de forma progressiva a cada ano. “Batemos nossas metas em relação aos anos anteriores, mas nossa doação está abaixo do que a gente precisa. Isso é uma realidade não só no Pará, mas a nível nacional. Observamos uma busca ativa dos possíveis doadores”, disse.

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“O tempo na fila depende da modalidade. Em média, o tempo de espera por transplante de córnea dura em média cinco meses. A espera na fila por transplante renal pode durar de um a dois anos. Já o hepático está na média de um ano na lista de espera. Com relação ao de medula óssea, não tem como precisar, porque na maioria dos casos o paciente não consegue sobreviver até o momento da doação”, acrescentou. Apenas na lista de espera por transplante de córnea, renal e hepático existem 1.464 pessoas, das quais 818 aguardam por córnea, 623 por rim e outras 23 por fígado. 

Para que a quantidade de doadores aumente, Alfredo pontua que a família do doador compreenda que o processo é legítimo e se trata de uma perpetuação da vida de alguém que está sofrendo. “O nível de recusa da família chega por volta de 50% no Pará. Os parentes precisam perceber que doar é um ato nobre. O nosso trabalho é sério e árduo, e visa auxiliar que esse paciente tenha uma nova oportunidade de vida”, ressaltou Abud. 

A Central Estadual de Transplantes da Sespa tem intensificado ações de sensibilização junto à população e à capacitação de profissionais de saúde.  Além disso, uma ferramenta inovadora que tem auxiliado nesse avanço é o aplicativo Aedo, uma plataforma digital. A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará destacou que os transplantes dependem diretamente das doações.

Com relação aos procedimentos em crianças, Alfredo explicou que o transplante segue o mesmo protocolo que nos adultos, de forma igualitária e respeitando a ordem da lista, a não ser quando o doador é menor de 18 anos. “Necessariamente esses órgãos são transferidos para crianças”, informou. 

Ele alertou a necessidade dos pacientes realizarem exames de triagem, responsáveis por identificar doenças ou condições de saúde nos estágios iniciais, e também fazer testes de compatibilidade e manter a documentação atualizada (CPF, RG, Cartão Nacional de Saúde, comprovante de residência e telefones de contato). 

“Muitos pacientes são de fora da Região Metropolitana de Belém. Muitas vezes pode ocorrer a oferta e a pessoa não responder porque o telefone está desatualizado. Por isso, é sempre importante manter os dados em dia”, contou. 

Alfredo esclarece que, para se tornar um doador de órgãos, basta manifestar a intenção em vida aos familiares e que eles “façam valer a sua vontade no pós-falecimento”. A plataforma Aedo também permite que qualquer pessoa registre de forma eletrônica sua vontade de ser doador de órgãos, tecidos ou partes do corpo humano. Essa declaração pode ser acessada pela Central Estadual de Transplantes, facilitando o processo de autorização e poupando tempo em momentos críticos.

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