Sem documentação do Ministério da Saúde, Sespa lança Carteira da Criança
A carteira terá o registro de informações essenciais sobre cidadãos e cidadãs a partir dos primeiros momentos de vida nas maternidades públicas e privadas
Como a Caderneta da Criança, distribuída pelo Ministério da Saúde, está em atraso para repasse aos Estados em 2021, com vistas ao atendimento de recém-nascidos, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) lançou, nesta segunda-feira (21) à tarde, a Carteira da Criança. É um documento com o registro de informações essenciais sobre cidadãos e cidadãs a partir dos primeiros momentos de vida nas maternidades públicas e privadas.
O documento, com o foco na assistência a esse público-alvo, terá sua distribuição de forma impressa em quantitativo específico, mas que também poderá ser acessado no site da Sespa por parte dos gestores municipais e profissionais de saúde nas maternidades nos 144 municípios paraenses.
O lançamento da Carteira, com uso até o retorno da Caderneta do MS, ocorreu em live reunindo gestores da Sespa e dirigentes municipais de saúde. A coordenadora estadual de Saúde da Criança, Ana Cristina Guzzo, apresentou o documento com 25 páginas e que reúne as principais informações sobre os recém-nascidos, a partir da Caderneta do MS, com 104 páginas. Dessa forma, a Carteira aborda a necessidade de preenchimento pelos profissionais de saúde dos dados de identificação e referentes ao crescimento e desenvolvimento do ser, o que é fundamental para o monitoramento do estado de saúde de meninos e meninas.
Instrumento
São enfocados direitos e deveres das crianças e dos pais; amamentação; alimentação complementar; prevenção a doenças por meio de vacinas e outros itens que fazem parte dessa etapa do desenvolvimento. As recomendações são para crianças até dois anos de idade.
“Estamos com um problema de descontinuidade do envio dessa caderneta pelo Ministério da Saúde. Estamos sem previsão de chegada para esse ano, e é um documento que é muito importante de ser entregue ainda na maternidade, quando o bebê nasce, independente de ser numa maternidade pública ou privada. O Estado tomou para si essa responsabilidade e, para não ter atraso nessa assistência, decidimos criar um instrumento que pudesse substituir, provisoriamente, a caderneta até a chegada do documento oficial, para que a família e os profissionais de saúde não percam as informações do desenvolvimento da criança”, explica Ana Cristina.
Na Carteira, foram mantidas as ações previstas na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC). Uma inovação na Carteira são orientações de prevenção à covid-19. A gestora da Sespa enfatizou a necessidade do preenchimento correto dos dados da criança na Carteira e informou que a Secretaria deverá promover em breve um curso sobre os testes previstos em lei nas crianças nas maternidades.
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