Seminário no Museu Paraense Emílio Goeldi discute os impactos da degradação da floresta Amazônica
Evento vai ocorrer no dia 13 de março e reunirá mais de mais de 30 cientistas, gestores e representantes de movimentos sociais
Discutir os impactos da degradação da floresta Amazônica e buscar soluções conjuntas para esse problema que assola a região. Esse é o objetivo do seminário “Degradação das florestas amazônicas: um diálogo entre ciência e sociedade em busca de soluções”, que, na próxima segunda-feira (13), será realizado no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém.
Mais de 30 cientistas, gestores e representantes de movimentos sociais participarão do evento. O seminário será realizado no campus de pesquisa do Museu Goeldi, na avenida Perimetral, número 1901, de 8 às 17h30. As inscrições para participação presencial estão encerradas, mas o evento terá transmissão on-line aberta pelo canal do Museu Goeldi no Youtube (https://www.youtube.com/@museugoeldi).
Enquanto no desmatamento a vegetação é totalmente retirada e a floresta deixa de existir, na degradação a vegetação é comprometida apenas parcialmente, permanecendo na área. Mas, nesses casos, mesmo que ainda haja vegetação, ela se encontra em diferentes estágios de degeneração, o que gera perda de biodiversidade e impacto negativo nos serviços ambientais desempenhados pela floresta - como a regulação do clima e participação no ciclo de chuvas.
“Ainda que os processos de degradação pareçam menos destrutivos do que aqueles do desmatamento, o combate à degradação deve ser prioridade das políticas públicas de conservação no Brasil”, diz Ima Vieira, ecóloga do Museu Paraense Emílio Goeldi e uma das coordenadoras do evento.
Para Ima, o Brasil conhece bem o desmatamento da floresta Amazônica, entende suas causas, dinâmicas e monitora seu avanço. “Mas nós não temos muitas informações sobre a degradação da floresta. Esse é um problema grande e é tão grave quanto o desmatamento”, afirmou.
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Fogo e extração ilegal de madeira estão entre os principais fatores de degradação da floresta
Estudos indicam que o fogo, a extração ilegal de madeira e o efeito de borda da agricultura, causados pela ação humana, estão entre os principais fatores de degradação da floresta. Esses fatores já comprometem mais de um terço (38%) de toda a cobertura florestal que ainda resta na Amazônia.
Além dos impactos sobre o clima, como a emissão de gases de efeito estufa, e o comprometimento dos serviços ambientais prestados pela floresta, a degradação tem efeitos negativos na economia e na qualidade de vida das populações amazônicas.
“A degradação impacta na relação que as populações têm com a floresta, na qualidade de vida, migração, educação, saúde pública e identidade cultural”, afirma Joice Ferreira, pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental e da organização do Seminário.
O evento “Degradação das florestas amazônicas: um diálogo entre ciência e sociedade em busca de soluções” é uma realização conjunta da Embrapa Amazônia Oriental, Museu Paraense Emílio Goeldi, Universidade de Lancaster (Reino Unido), Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Woodwell Climate Research Center, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e Governo do Estado do Pará.
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