Saúde alerta para o diagnóstico e tratamento do diabetes pelo SUS; veja como procurar apoio
Na pandemia, unidades básicas de saúde seguem como portas importantes ao diagnóstico e tratamento

Em função do Dia Mundial de Combate ao Diabetes, ocorrido no último sábado (14), a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) reforça o alerta para que a população procure as Unidades Básicas de Saúde (UBS), do Sistema Único de Saúde (SUS), a fim de verificar a possível ocorrência da doença e a necessidade de adesão ao tratamento gratuito, associado às mudanças de hábito e estilo de vida.
A população pode procurar as UBS que oferecem orientações para reduzir as complicações do diabetes associadas a outros fatores de risco, como tabagismo, inatividade física, alimentação inadequada, sobrepeso e obesidade.
Entenda o diabetes
O diabetes mellitus é um grupo de doenças metabólicas caracterizada pelo aumento da glicemia (açúcar no sangue). E, por se tratar de uma doença progressiva, se não for tratada adequadamente pode ocasionar complicações, como doenças cardiovasculares, insuficiência renal, perda de visão e até amputação de membros.
O atendimento oferece informações para aquisição, dispensação e distribuição de medicamentos gratuitos de forma regular e sistemática a todos os pacientes cadastrados. Para ter acesso é preciso que o paciente passe por consulta com o clínico na UBS.
Segundo dados do Ministério da Saúde, 60% dos pacientes cadastrados para tratamento de diabetes no Pará são do sexo feminino. Todas as faixas etárias são atingidas, especialmente mulheres entre 55 e 59 anos, e homens entre 60 e 64 anos. Na capital, Belém, cerca de 6,8% das pessoas que têm a doença são adultas.
Fatores de risco merecem atenção
A Sespa afirma ainda que, para orientar e capacitar os profissionais das Unidades Básicas de Saúde sobre o fluxo de atendimento a pacientes com diabetes, a equipe da Coordenação de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (CDCNT) da Secretaria realizou, entre janeiro e agosto deste ano, 69 atividades em Belém e municípios do interior do Estado, que também incluíram assessoramento técnico para a implantação/implementação de ações e Programas, apoiando as Secretarias Municipais de Saúde.
“São atividades que alertam para a gravidade da doença associada a outros fatores de risco, como hipertensão, inatidade física, alimentação inadequada, obesidade e tabagismo, que geram impactos econômicos e sociais. Assim, torna-se necessária e permanente a articulação de estratégias de intervenção para prevenção, diagnóstico precoce e controle de diabetes”, explicou Sílvia Corrêa, coordenadora estadual da CDCNT da Sespa.
Ela lembra também que as ações incentivam a adoção de uma alimentação saudável e balanceada e a prática de atividades físicas, por meio de capacitações para profissionais dos municípios sobre o Guia Alimentar para a População Brasileira, Programa Academia da Saúde, Programa Crescer Saudável e Programa Saúde na Escola. São iniciativas do Governo Federal, orientadas e monitoradas pelo Sespa e executadas pelas Secretarias Municipais.
Como é o atendimento
Segundo Sílvia Corrêa, durante as capacitações é sempre esclarecido o fluxo de atendimento para o paciente diabético, que começa nas Unidades de Saúde com as Equipes de Atenção Primária, onde são oferecidas, gratuitamente, ações de prevenção, detecção, controle e tratamento medicamentoso, inclusive com insulina.
Se o paciente apresentar intercorrências nessa fase do tratamento, e dependendo do diagnóstico, pode ser referenciado para dois hospitais públicos do Pará que mantêm atendimento de referência em endocrinologia: o Hospital Jean Bitar, do governo do Estado, e o Hospital Universitário João de Barros Barreto, do governo federal.
O Hospital Jean Bitar faz o acompanhamento ambulatorial dos pacientes diabéticos, por meio da equipe de endocrinologistas, e realiza internações e procedimentos cirúrgicos para usuários do SUS, provenientes de todos os municípios paraenses.
Sesma: 'não abandone tratamento, mesmo na pandemia'
Em Belém, capital paraense, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informa que todos os meses distribui 10 mil insulinas dentro da sua rede, somadas ao glicosímetro, tiras e lancetas. “Esta entrega é feita a pessoas que fazem acompanhamento regular de saúde e recebem as insulinas padrão do SUS (NPH e regular) ou, em alguns casos, os análogos de insulina”, esclarece e Sesma.
Para prevenir e tratar o diabetes, a Sesma trabalha a promoção de hábitos saudáveis com os usuários da Atenção Básica e acompanhamento por equipe multidisciplinar. Nos casos em que a pessoa já desenvolveu a doença, a Sesma cadastra e acompanha dentro da rede ambulatorial do SUS. “O atendimento permite gerar informação para distribuição de medicamentos de forma regular a todos os pacientes cadastrados e promover mais atividades preventivas”.
Ainda segundo a Sesma, o paciente atendido pelo SUS recebe orientação nutricional para aprender e implantar hábitos de vida saudáveis, como uma alimentação com menos açúcar e sal, e apoio do serviço social. Nas unidades de saúde, paralelamente ao acompanhamento ambulatorial, o paciente cadastrado participa de atividades físicas, dinâmicas em grupo, seguindo a perspectiva da prática de hábitos saudáveis, controle do peso e qualidade de vida.
Em alusão ao Dia de Combate ao Diabetes e tendo em vista o cenário pandêmico, a Sesma afirma que é importante e incentiva a população que já tem diabetes “a não abandonar o tratamento, seguir as orientações dos profissionais de saúde e inserir na rotina as normas de higiene e uso de máscara, uma vez que a diabetes é um fator de risco para a doença’, solicita.
Em caso de suspeita da doença, procurar uma unidade de saúde para agendar consulta para prevenir a doença ou iniciar tratamento. “Todas as UBS’s estão aptas para este acompanhamento”, afirma a Sesma.
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