Santarém tem aumento nos casos de dengue no mês de janeiro; Pará apresenta queda
Os dados têm como base os meses de janeiro de 2021 e 2022; somente no primeiro mês deste ano foram confirmados 55 casos em Santarém.

O período chuvoso na região aumenta as possibilidades de proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya. De acordo com a Divisão de Vigilância e Saúde (Divisa), somente no primeiro mês do ano foram confirmados 55 casos de dengue em Santarém, oeste do Pará. Esse número representa um aumento de 65% fazendo um comparativo com o mesmo período do ano passado.
Os dados da Divisa mostram que 85 casos de dengue foram notificados no mês de janeiro em Santarém, desses 55 foram confirmados. No mesmo período de 2021, foram apenas 11 notificações, com 4 casos confirmados da doença no município.
Um dos principais fatores que contribuem para a proliferação do mosquito é a falta de conscientização da maioria das pessoas aliado com o período de chuvas intensas. Por isso, é importante que as famílias mantenham limpos quintais, jardins, interiores e arredores da casa.
Em Santarém, atuam 70 agentes de endemias que fazem o trabalho de orientação e fiscalização. De acordo com o coordenador do programa da Dengue em Santarém, Edvan da Silva Lopes, 90% dos focos da dengue são localizados em residências. " É necessário que as pessoas fiquem atentas aos seus quintais, pois o mosquito é oportunista", enfatizou.
Dengue no Pará
Em contrapartida, os números gerais do estado do Pará apontam uma queda de 45,38% nos casos de dengue, segundo informe epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O estado contabiliza 201 casos confirmados este ano, contra 368 no mesmo período de 2021.
Os municípios com mais casos confirmados são Santana do Araguaia (79), Santarém (34), São João do Araguaia (23) e Conceição do Araguaia (16).
De acordo com a Sespa, é importante informar que o Pará fechou o ano de 2021 com um aumento de 52,80% de casos da doença em comparação com o ano de 2020, resultado que aponta a necessidade de a população manter as medidas preventivas de combate ao mosquito Aedes aegypti.
Neste ano já foram confirmados 201 casos de dengue, sendo 197 de dengue, 03 de dengue com sinais de alarme e 01 caso de dengue grave. Porém ainda há 1.106 casos em investigação pela Vigilância Epidemiológica. Não houve nenhuma morte pele doença no estado.
Sintomas da dengue
Os sintomas da doença costumam aparecer de 3 a 15 dias após a pessoa ser picada pelo mosquito infectado. Os principais sintomas são febre alta e de início imediato sempre presente, dores moderadas nas articulações, manchas vermelhas na pele e coceira leve.
A doença pode se manifestar de forma mais leve, a chamada ‘dengue clássica’ ou de forma mais grave, a ‘dengue hemorrágica’, que pode acontecer com mais facilidade a partir de uma segunda infecção.
Os sintomas da dengue clássica são: febre maior de 38,5°C com início súbito; dores musculares intensas; dor ao movimentar os olhos; mal-estar; náuseas e vômitos; moleza no corpo; cansaço extremo; falta de apetite; dor de cabeça; manchas vermelhas no corpo.
Já os da dengue hemorrágica são: dor abdominal intensa e contínua; vômitos persistentes; acumulação de líquidos; sangramento de mucosa ou outra hemorragia; aumento progressivo do hematócrito; queda abrupta das plaquetas; pele pálida, fria e úmida; sonolência, agitação e confusão mental; sede excessiva e boca seca; pulso rápido e fraco; dificuldade respiratória; perda de consciência.
Medidas preventivas
Para evitar a proliferação do mosquito é preciso a conscientização de toda a população, as principais medidas para diminuir as chances do mosquito são: manter a caixa d’água, tonéis e barris de água bem fechados; colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira fechada; não deixar água acumulada sobre a laje; manter garrafas com boca virada para baixo; acondicionar pneus em locais cobertos; proteger ralos sem tampa com telas finas; manter as fossas vedadas; encher pratinhos de vasos de plantas com areia até a borda e lavá-los uma vez por semana; eliminar tudo que possa servir de criadouro para o mosquito como casca de ovo, tampinha de refrigerante entre outros.
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