Salinópolis: 79 filhotes de tartaruga marinha são soltos na praia do Atalaia

A iniciativa ambiental chamou a atenção de crianças, adultos e membros de instituições comprometidas com a defesa da biodiversidade marinha

O Liberal
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A praia do Atalaia, em Salinópolis, no nordeste do Pará, foi palco, na tarde de quarta-feira (6), da soltura de 79 filhotes de tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) em direção ao mar. O momento chamou a atenção de moradores, visitantes e instituições comprometidas com a preservação da biodiversidade marinha.

Os animais foram monitorados desde a desova, ocorrida há cerca de 50 dias, por especialistas da ARVUT Meio Ambiente e do Instituto Bicho D’água, com apoio do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio). A ação faz parte do Projeto de Monitoramento de Desovas de Tartarugas Marinhas, medida de mitigação exigida pelo licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Projeto ambiental encerra ciclo na Praia do Atalaia

De acordo com Josie Figueiredo, coordenadora de campo do projeto, essa foi a última soltura monitorada na Praia do Atalaia em 2025. “Esse era o último ninho sob nossos cuidados aqui, mas ainda temos outros em Algodoal (Maracanã) e Soure (Marajó) que ainda vão eclodir”, explicou. Ela ressaltou que, apesar do monitoramento ter iniciado em junho, já ao fim da temporada reprodutiva, o número de ninhos foi expressivo.

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A primeira soltura deste ano no local ocorreu em 13 junho, e atraiu muitos frequentadores do Atalaia, além de estudantes da rede pública municipal e moradores do entorno.

A comunidade da Ponta da Sofia participou ativamente da soltura. Marcos Vinícius, de 7 anos, gostou da ação. “Foi bonito. Já vi outras vezes. O que mais gostei foi quando a tartaruga andou pro mar”, contou o menino, que destacou a importância de proteger os animais marinhos. Moradora do município, a estudante Ludmilla Loureiro ressaltou a relevância da atividade como instrumento de educação ambiental. “O que vimos hoje foi incrível. As crianças ficaram encantadas. A soltura assistida tem um papel fundamental na preservação e na formação de consciência ecológica desde cedo”, afirmou. Ela reforçou o papel da escola como multiplicadora de valores ambientais.

Comunidade participa da soltura de tartarugas em Salinópolis

Moradores e visitantes acompanharam o percurso dos filhotes até o mar. Marcos Vinícius, de 7 anos, comentou: “Foi bonito. Já vi outras vezes. O que mais gostei foi quando a tartaruga andou pro mar”. A estudante Ludmilla Loureiro destacou a importância da ação para a educação ambiental. “As crianças ficaram encantadas. A soltura assistida tem papel fundamental na preservação e na formação de consciência ecológica desde cedo”, afirmou.

A secretária de Meio Ambiente de Salinópolis, Jéssica Matos, reforçou a importância do contato direto com a natureza. “Ver de perto a natureza agindo faz com que a gente valorize e cuide mais do meio ambiente. É uma ferramenta poderosa de educação ambiental”, afirmou.

image A iniciativa ambiental, realizada na tarde de quarta-feira (6), chamou a atenção de crianças, adultos e membros de instituições comprometidas com a defesa da biodiversidade marinha (Foto: Vinícius Leal (Ascom/Ideflor-Bio))

Tartaruga-oliva está ameaçada de extinção

Lena Pinto, assessora de Gestão do Ideflor-Bio, ressaltou o valor da parceria entre instituições. “Estamos nas imediações do Monumento Natural do Atalaia, uma Unidade de Conservação. É uma alegria participar deste momento. Nosso compromisso é com a biodiversidade do Pará, do Brasil e do mundo”, disse.

Josie Figueiredo lembrou que a tartaruga-oliva é uma das sete espécies de tartarugas marinhas existentes no mundo — cinco delas no Brasil — e que todas estão ameaçadas de extinção. “Elas são bioindicadoras. A tartaruga-verde, por exemplo, se alimenta de algas que produzem oxigênio, ajudando na regulação do ambiente marinho”, explicou.

Educação e engajamento ambiental na praia do Atalaia

Durante a atividade, as crianças participaram de dinâmicas educativas e receberam brindes com temas ambientais. A emoção tomou conta dos presentes durante o trajeto dos filhotes até o mar, um gesto simples que simboliza esperança para o futuro das espécies marinhas e da consciência ambiental coletiva.

Ellivelton Carvalho, diretor de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação do Ideflor-Bio, destacou o papel da comunidade. “Nossa expectativa é que iniciativas como essa inspirem mais pessoas a cuidar do mar e dos seres que nele habitam. Cada pequena tartaruga que chega ao oceano representa uma vitória da natureza”, concluiu.

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