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Rede é portal da leitura para crianças em Juruti, no Pará

Escola do município de Juruti valoriza costume regional e inclui a literatura infantil nas atividades diárias

Eduardo Rocha
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Uma experiência que tem sido exitosa na Escola Municipal de Educação Infantil Alegria, mais conhecida como Casulo Alegria, no Município de Juruti, no oeste do Pará, concilia o hábito regional de se deitar em rede e a prática da leitura. Estudantes na faixa de 3 a 5 anos dispõem de um momento nas atividades didáticas do dia a dia para aproveitar a leitura de livros em redes instaladas no próprio ambiente escolar. Com isso, literalmente novos leitores vêm se formando,e o que é melhor incentivando a formação de outros núcleos focados na arte de ler.

A pedagoga Rita Alves, diretora do Casulo Alegria, informa que as 147 crianças de 3 a 5 anos de idade na escola participam desse projeto. Rita e a pedagoga Maria do Carmo Mota organizaram essa ação pedagógica. "O Redário Alegria surgiu como ideia de se aproveitar o fato de que a rede é algo que faz parte do dia a dia das famílias na Amazônia para virar um espaço de prática de leitura; isso porque nós percebemos que as crianças gostam de estar na rede, de ler na rede", relata Rita Alves.

Essa educadora conta que, na sala de aula, as crianças gostam de apanhar livros no "Pé de Livro", para, então, se dirigir até as redes para conferi-los. Essa ação ocorre mediante o rodízio dos estudantes. "Elas não ficam só olhando o livro, elas leem mesmo. Os pais comparecem à escola para ler com os filhos, e nós organizamos outras ações para incentivar a leitura como a contação de histórias, utilizamos também a música", acrescenta Rita. Esse processo é viabilizado pela ação "Mala Viajante", pelo qual papais e mamães escolhem livros para ler junto com os filhos na escola.

Depois de conferirem o conteúdo dos livros, os estudantes conversam entre si e com os professores relatando aspectos da história, do assunto que leram. A leitura recai, em geral, sobre livros literatura infantil. "As crianças perguntam: "Quando vamos ler na rede?", revela Rita Alves, sem esconder a alegria de atuar no projeto e o foco na formação dos novos leitores.

"Eu sinto uma satisfação imensa em poder proporcionar esse espaço de leitura para crianças, leitura essa que é fundamental para o desenvolvimento cognitivo, emocional de toda pessoa", afirma. Ela não cansa de admirar a cena das crianças lendo livros na rede, na escola, todos os dias.

A pedagoga Marilei Costa, também envolvida nessas ações pedagógicas, informa que o projeto Desenhar é arte, ler faz parte surgiu em 2014, e abrange as ações Mala Viajante, Pé de Livro, Mascote em minha Casa, e o Redário veio surgir em maio de 2022. O projeto do redário só é desenvolvido no Casulo Alegria.

"Os pais participam das ações, eles são bem participativos, são nossos parceiros na escola. Nós trabalhamos muito a leitura por parte das crianças, e a rede ali é o momento de elas estarem ali lendo e contando histórias para os seus colegas, porque a criança viaja no mundo da imaginação. Quando pegam um livro, por mais que não leem da nossa maneira, mas, sim, do jeito delas, nossa, elas viajam", afirma Marilei.

Como nota a professora Marilei, "o redário viralizou, e ele funciona de segunda a quinta-feira, porque na sexta nós temos outras atividades com as crianças". Então, cada profesor tem o seu dia no redário, e as crianças ficam alvissareiras quando chega a data em que vão usufruir do espaço, como frisa a docente.

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