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Psoríase atinge 1,3% da população do Brasil e requer atenção, orienta SBD

Norte e Nordeste teriam menor incidência, mas doença requer atenção em todas as faixas etárias

O Liberal
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A psoríase (doença de pele que causa lesões avermelhadas e descamativas) não é uma doença rara no Brasil e acomete 1,3% da população nacional. Cerca de 5 milhões de pessoas no País são afetadas pela enfermidade, em especial grupos de 30 a 40 anos e de 50 a 70 anos de idade, sem distinção de gênero. Levantamento com dez mil individuos, por inquérito telefônico, indicou esse percentual na população brasileira atingida pela psoríase, mas essa prevalência mostra-se ligeiramente menor nos estados do Norte e Nordeste e um pouco maior nos estados do Sul e Centro-Oeste. Especula-se que isso estaria relacionado a maior irradiação de raios ultravioleta nos estados do Norte e Nordeste e também a uma maior dificuldade de diagnóstico por conta de uma menor concentração de dermatologistas nessas duas regiões do País, o que pode estar ocultando a prevalência real nas regiões.

Os dados são da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que desenvolve em outubro a Campanha Nacional de Conscientização sobre a Psoríase. Nesse trabalho, são realizadas ações diversas, como a atualização de médicos sobre as opções existentes para o diagnóstico e o tratamento dessa doença. A SBD também preparou uma live para a população, no dia 29 de outubro (Dia Mundial da Psoríase), quando interessados poderão interagir com especialistas. Além disso, vários prédios e monumentos no País também vão iluminar suas estruturas em roxo e laranja, as cores da psoríase.

São apontadas como causas e agravantes da doença: a genética e fatores psicológicos, estresse, exposição ao frio, uso de certos medicamentos e uso de bebida alcoólica.

Alerta

A Reportagem Integrada de O Liberal ouviu nesta terça-feira (26) o dermatologista Gleison Duarte, em Salvador (BA), um dos coordenadores da campanha da SBD. Gleison destacou que a psoríase é caracterizada por lesões em placas vermelhas, descamativas, com um pouco de relevo ou não em qualuer região da pele. Pode afetar o couro cabeludo, as regiões de dobra, de joelhos, cotovelos, a região lombar, as unhas e em um terço dos pacientes as articulações com dor, inchaço e rigidez.

A SBD não tem dado sobre aumento anual de casos no País e acredita que o maior acesso ao dermatologista vem fazendo sejam resgatados pacientes que tinham manifestações cutâneas que não eram diagnosticadas, por falta de acesso a um especialista. Então, há um aumento de diagnóstico.

Em casos graves, há maior chance de inflamação sistêmica, ou seja, a doença não fica contida na pele e pode afetar todos os órgãos do corpo, como intestino, olhos, fígado e em associação à doença cérebro vascular, cárdiovascular e disfunção erétil.

Estigma

Pacientes enfrentam desafio das lesões, do estigma, do comprometimento da própria autoestima e, então, propensos a buscar refúgio em cigarro e bebida alcoólica, quando não devem usar do álcool no tratamento. A obesidade piora a psoríase, doença que atinge todas as faixas etárias, de lactentes a pessoas idosas. "Mas o pico ocorre por volta a segunda e por volta da quarta, quinta década de vida, mas sem distinção entre homens e mulheres", observa Gleison Duarte.

O tratamento varia de acordo com a gravidade do caso e envolve medicações tópicas nas formas mais leves. A doença não tem risco de contágio. Apenas um terço dos pacientes tem um histórico familiar da enfermidade. Médicos de outras áreas ao suspeitarem de alguma lesão em crianças, por exemplo, devem encaminhar o caso para averiguação por um especialista. "Os pacientes em forma moderada ou grave não devem deixar de fazer seu tratamento, porque a psoríase é uma doença que inflama sistemicamente", ressalta o dermatologista Gleison Duarte. Ele finalizou afirmando que os pacientes obesos, com uso de álcool ou inflamações nas articulações devem estar acompanhados de forma multidisciplinar para que possam ser tratados por inteiro.

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