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Praticantes de religiões de matriz africana do Guamá recebem ação de saúde e cidadania

A ação será nesta terça-feira (28), das 9h às 13h, no Terreiro de Mina Dois Irmãos

Gabriel Pires
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O Terreiro de Mina Dois Irmãos, no bairro do Guamá, em Belém, recebe, nesta terça-feira (28), o projeto “Saúde e Cidadania nos Terreiros”, que visa levar serviços públicos aos praticantes de religiões de matriz africana. A ação será das 9h às 13h. O terreiro é considerado o templo afro-religioso mais antigo do Pará. A iniciativa é promovida pela Coordenadoria Antirracista (Coant), órgão vinculado à Prefeitura de Belém. Na capital, existem em torno de 1.189 templos religiosos de matriz africana, conforme detalha Elza Rodrigues, coordenadora da Coant.

Estão previstos cerca de 100 atendimentos voltados aos filhos de santos, familiares e moradores do entorno do templo religioso, como aponta a organização do evento. Na área da saúde, a população poderá contar com aplicação de vacinas; testagem para HIV, hepatite e glicose; e procedimentos odontológicos. No âmbito social haverá orientação sobre Cadastro Único (CadÚnico) e programa Bora Belém; tributos fiscais; e programas de microcrédito. Também será oferecido um momento para orientação jurídica.

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Na avaliação de Elza Rodrigues, a ação é importante pois, ao ir nestes templos, é possível destinar, de forma ativa e específica, serviços essenciais a este público, que rotineiramente é alvo de discriminações. Um dos serviços destacados por Elza foi a orientação jurídica, já que a partir das instruções legais oferecidas, os religiosos se tornam conhecedores de como agir em casos de intolerância e, até mesmo, de racismo.

“Sabemos que há templos, que, infelizmente, por conta da incompreensão e pelo racismo, muitos discriminam esses espaços sagrados. Então, por isso, isso políticas públicas são voltadas para esse público que tem sido um símbolo de resistência, antirracista. Nesses espaços sagrados, é realizada toda uma ação social permanente feita pelo ialorixás, pelas babalorixás no seu espaço, no seu entorno, na sua comunidade”, afirmou Elza.

Caso de intolerância no BBB

Praticante do Candomblé, o participante do BBB 23, o médico Fred Nicácio, foi vítima de intolerância religiosa durante o confinamento. Em uma conversa na casa, Key Alves, Gustavo e Cristian disseram que “tinham medo” da opção religiosa de Fred. Casos como esse são muito presentes no Brasil, como enfatiza Elza. 

Comumente, casos semelhantes a esses são atrelados, também, pela prática do racismo. A titular da Coant lembra, ainda, de medidas combativas que são eficazes para coibir casos dessa natureza, como é o caso da lei aprovada pelo Congresso Nacional que equipara o crime de injúria racial ao de racismo e amplia as punições. A lei foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia 11 de janeiro.

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“É importante que seja utilizado esses marcos legais, jurídicos quando acontecem casos de racismo religioso, porque isso vai de encontro a todo o respeito que deve se ter em relação a diversas religiosidades em qualquer lugar do mundo, não apenas no Brasil. E o movimento negro e tem lutado arduamente nesse sentido”, frisou.

Ainda nesse contexto, foi instituído o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, que deverá ser celebrado, anualmente, no dia 21 de março (Lei 14.519/2023).

Serviço

Saúde e Cidadania nos Terreiros
Data: 28/02 (terça-feira)
Horário: das 9h às 13h
Local: avenida José Bonifácio (passagem Pedreirinha), nº 282, no bairro do Guamá, em Belém 

(Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão de Victor Furtado, coordenador do Núcleo de Atualidades)

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