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Pará tem maior percentual de católicos do Norte e 6º maior de evangélicos no país, diz IBGE

Estado tem 54,35% da população católica; índice era 61,12% no Censo anterior

O Liberal

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira (06/06), os dados preliminares da amostra do Censo Demográfico de 2022 referentes à religião. As informações envolvem a população brasileira com 10 anos ou mais de idade. O levantamento atualiza o perfil religioso no país e permite comparações com os resultados do Censo anterior, realizado em 2010.

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Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) foram divulgados nesta sexta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo os dados compartilhados, a religião católica apostólica romana continuou sendo o grupo com maior número de pessoas no país, totalizando 56,75% da população, o que corresponde a aproximadamente 100,2 milhões de indivíduos. Em segundo lugar, aparecem os evangélicos, que somam 26,85% (47,4 milhões). Pessoas que declararam não seguir nenhuma religião representam 9,28% (16,3 milhões), enquanto os espíritas correspondem a 1,84% (3,2 milhões).

No Pará, 54,35% da população com 10 anos ou mais se declarou católica, o que equivale a cerca de 3,7 milhões de pessoas. Esse índice representa uma queda de 6,77 pontos percentuais em relação ao Censo de 2010, quando o grupo era 61,12% da população. O Pará apresentou o maior percentual de católicos entre os estados da Região Norte.

Ainda sobre o Estado, o grupo evangélico composto por paraenses representa 35,27% da população (2,4 milhões). Em 2010, este correspondia a 26,25%, o que indica um crescimento de 9,02 pontos percentuais em doze anos. Hoje, os evangélicos somavam 35,27% da população (2,4 milhões), o sexto maior percentual do Brasil. O Pará foi o terceiro estado com maior crescimento proporcional de evangélicos no período, atrás apenas do Acre (11,8 p.p.) e do Amapá (9,25 p.p.).

As pessoas sem religião no estado somam 7,06% (481 mil). Em 2010, o índice era de 6,96%. Já os espíritas representam 0,37% (25,3 mil), frente aos 0,5% registrados em 2010.

Belém

Na capital paraense, Belém, o catolicismo registrou 55,25% da população com 10 anos ou mais de idade em 2022, percentual inferior aos 62,76% registrados em 2010. Os evangélicos passaram de 27,78% para 33,43% no mesmo período. A população sem religião subiu de 5,32% para 5,72%. Os espíritas tiveram redução de 1,64% para 1,27%.

Já nos municípios da região do Marajó, a religião católica foi o grupo mais presente na maioria das localidades. Gurupá registrou o maior percentual (72,70%), seguido por Afuá (71,94%) e Muaná (63,73%). Os menores índices foram encontrados em Bagre (39,70%), Melgaço (44,84%) e São Sebastião da Boa Vista (49,14%).

Bagre e Melgaço foram os municípios marajoaras onde os evangélicos superaram os católicos, com 53,38% e 45,88%, respectivamente. Em Anajás, os evangélicos somam 45,43%. Já os menores percentuais do grupo evangélico foram observados em Afuá (24,02%), Gurupá (24,87%) e Soure (27,11%).

A presença de espíritas no Marajó foi mais expressiva em Salvaterra, com 0,14%. Em Soure, a prática de Umbanda e Candomblé aparece com 0,55%, além de o município registrar 8,07% de pessoas que seguem outras religiosidades. Melgaço (8,82%), Portel (6,88%) e Salvaterra (6,24%) apresentaram os maiores percentuais de pessoas sem religião.

Em Santarém, no oeste do Pará, o percentual de católicos caiu de 68,55% em 2010 para 61,40% em 2022. O grupo evangélico passou de 25,08% para 30,28%. A população sem religião subiu de 4,01% para 4,82%. O grupo de outras religiosidades foi de 2,15% para 2,84%, enquanto os espíritas somaram 0,31% em 2022, frente aos 0,13% anteriores. Os praticantes de Umbanda e Candomblé passaram de 0,03% para 0,19%.

Municípios paraenses

Santa Luzia do Pará teve o maior percentual de católicos (80,3%) entre os municípios paraenses, enquanto Cumaru do Norte teve o menor (36,3%). Bagre apresentou a maior proporção de evangélicos (53,4%) e Santa Luzia do Pará a menor (18,1%). Belém liderou entre os espíritas (1,27%), e Santa Izabel do Pará teve o maior índice de praticantes de Umbanda e Candomblé (0,98%).

Cumaru do Norte também apresentou a maior proporção de pessoas sem religião (19,1%). Eldorado dos Carajás teve o maior percentual de outras religiosidades (9,9%) e Jacareacanga registrou 2,2% de adeptos de tradições indígenas.

O Censo apontou que em 129 municípios paraenses, os católicos eram o grupo predominante. Em 97 desses, representavam mais da metade da população com 10 anos ou mais. Em 15 municípios, os evangélicos formavam o grupo predominante.

Religião e perfil demográfico

Entre os católicos no Pará, a proporção entre homens e mulheres foi equilibrada: 51% de homens e 49% de mulheres. No grupo evangélico, as mulheres eram maioria (53,92%), enquanto no grupo sem religião predominavam os homens (58,61%). Em outras religiosidades, as mulheres correspondiam a 52,51%.

Em relação à cor ou raça, o catolicismo foi o grupo religioso mais declarado em todas as categorias. Entre as pessoas brancas, 54,2% eram católicas, 34,4% evangélicas e 7,1% sem religião. Entre pretos, os percentuais foram 53,2%, 34,3% e 8,6%, respectivamente. Entre os pardos, 54,8% eram católicos, 35,7% evangélicos e 6,7% sem religião.

Continuação dos dados nacionais

Em comparação com 2010, a proporção de católicos no país diminuiu. Na época, o grupo representava 64,6% da população. Já os evangélicos cresceram em número absoluto e percentual. A população sem religião também apresentou variação em relação ao levantamento anterior.

Na Região Norte, o percentual de católicos ficou abaixo da média nacional: 50,48% (7,3 milhões de pessoas). A região registrou o maior percentual de evangélicos do país, com 36,79% (5,3 milhões). As pessoas sem religião somam 8,19% (1,1 milhão) na região, enquanto os espíritas representam 0,43% (62 mil).

As tradições indígenas e os católicos apresentaram as maiores taxas de analfabetismo entre pessoas com 15 anos ou mais: 29,5% e 9,2%, respectivamente. Pessoas sem religião registraram 8%, enquanto os evangélicos somaram 7,8%. 

Umbanda e Candomblé crescem no Norte

A prática das religiões da Umbanda e do Candomblé apresentou aumento no Norte do país nos últimos 12 anos, segundo dados divulgados. O percentual de pessoas com 10 anos ou mais de idade que se declarou adepta dessas religiões na região passou de 0,06% (7.914 pessoas) em 2010 para 0,30% (43.997 pessoas) em 2022.

No Pará, o percentual passou de 0,08% (4.623 pessoas) para 0,32% (21.970 pessoas). Entre os municípios paraenses, os maiores índices foram registrados em Santa Izabel do Pará (0,98%), Belém (0,81%) e Marituba (0,80%).

Os dados também mostram diversidade no perfil educacional dos praticantes: 26% não tinham instrução ou tinham ensino fundamental incompleto; 14% tinham ensino médio incompleto; 35% possuíam ensino médio completo ou superior incompleto; e 25% tinham ensino superior completo. No total, 76,1% dos praticantes dessas religiões no Estado se autodeclararam pretos ou pardos.

 

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