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Pará não possui casos de intoxicação por metanol, afirma Sespa

A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) também reforçou que não houve mortes relacionadas à substância no estado

Saul Anjos
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Nenhum caso suspeito ou confirmado de intoxicação por metanol foi registrado no Pará até o momento. É o que afirmou a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) neste sábado (4/10). Em nota, a Sespa também reforçou que também não houve mortes relacionadas à substância. No Brasil, já são 127 casos suspeitos notificados.

A Secretaria informou que “mantém vigilância permanente em conformidade com as diretrizes do Ministério da Saúde, atuando de forma integrada com os diferentes níveis de gestão do SUS, órgãos de controle e a sociedade civil, para prevenir e detectar precocemente qualquer ameaça à saúde pública”.

Além disso, a Sespa reforçou a importância do comprometimento dos profissionais de saúde, da fiscalização sanitária e da conscientização da população, com foco na vigilância ativa e na prevenção de intoxicações por metanol.

Mortes por intoxicação

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse neste sábado (4/10) que não houve crescimento no número de confirmados e, sim, de suspeitos. Já há casos em 12 estados, segundo o ministro.

Padilha recomendou que a população evite bebidas alcoólicas nos próximos dias, principalmente que estejam em garrafas de destilados fechadas com roscas.

Medidas

O ministro também anunciou medidas tomadas pelo governo para enfrentar os casos de intoxicação, que têm se espalhado pelo Brasil. Padilha afirmou que existem 604 farmácias de manipulação capazes de produzir o etanol farmacêutico, substância usada como antídoto nesses casos, com devida recomendação médica.

Ele afirmou que foram adquiridas 12 mil ampolas da substância pelo governo, que serão distribuídas para os Centros de Referência de Toxicologia espalhados pelo país.

Padilha também informou que o governo adquiriu 2.500 tratamentos de fomepizol, outro antídoto para o metanol, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde. Segundo ele, os medicamentos chegarão ao longo da próxima semana.

Recomendações

Aos profissionais de saúde da rede pública e privada, a recomendação do ministro é de que façam a notificação imediata já na primeira suspeita clínica de intoxicação. Ao registrar o caso, o Centro de Referência de Toxicologia do Estado passa a oferecer suporte técnico para a condução adequada, orientando sobre o cumprimento do protocolo do Ministério da Saúde.

Isso inclui checar acidose metabólica, garantir hidratação, monitorar a função cardíaca e iniciar todas as condutas indicadas, como o uso de etanol farmacêutico. A notificação precoce, mesmo em casos suspeitos, também é fundamental para rastrear onde a bebida foi consumida e identificar rapidamente o local de aquisição, auxiliando na resposta sanitária, explicou Padilha.

O metanol é usado como matéria-prima para combustíveis e é impróprio para consumo humano, mas estaria sendo utilizado na falsificação de bebidas alcoólicas. Em forma pura, ele tem gosto levemente adocicado e alcoólico, parecido com o etanol, e não tem odor forte característico. Em destilados com 30% ou 40% de teor alcoólico, não é perceptível no sabor.

Quais cuidados tomar?

  • Verificar a origem do produto, certificando-se de que o lacre da embalagem esteja intacto.
  • Desconfiar de preços muito abaixo do mercado e pontos de venda informais.
  • Verificar as embalagens e recusar aquelas com rótulo mal impresso ou com erros. Além de ausência de CNPJ, lote ou data de validade.
  • Ficar atento a características atípicas na bebida, como odores estranhos, cores e consistência incomuns.
  • Ao notar alguma diferença, não fazer testes caseiros como cheirar, provar ou tentar queimar a bebida. Essas práticas não são seguras nem conclusivas.
  • Em bares e restaurantes, se houver alguma desconfiança, vale pedir que o garçom sirva a bebida na frente do consumidor.

Embora sintomas como náuseas e vômitos possam ser confundidos com os de uma ressaca comum, eles costumam se manifestar de forma mais intensa. Caso sinta algum sinal, procure atendimento médico imediatamente.

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