Pará desenvolve projetos escolares que unem astronomia, tecnologia e criatividade
Iniciativas estaduais estimulam alunos a construir foguetes e explorar ciência e tecnologia de forma prática e criativa

O Pará está se destacando no ensino de astronomia e tecnologia, levando alunos da rede pública a explorar o universo de forma prática e criativa. Em diversas escolas estaduais, projetos desenvolvidos pelo Centro de Inovação e Sustentabilidade da Educação Básica (Ciseb) permitem que estudantes construam e lancem foguetes, participem de competições nacionais e aprendam conceitos científicos de maneira interativa.
Sob a coordenação de Rafael Herdy, o Ciseb tem ampliado o acesso ao conhecimento científico no estado. O centro atua diretamente na Escola Estadual Marechal Cordeiro de Farias, em Belém, e apoia iniciativas de outras instituições, promovendo oficinas, projetos práticos e o uso de tecnologias avançadas, como impressoras 3D e kits de robótica. “O nosso foco é estimular o pensamento crítico, a curiosidade e a imaginação dos estudantes. Esses projetos permitem que eles desenvolvam habilidades importantes, como trabalho em equipe e resolução de problemas, além de se envolverem diretamente com a ciência e a tecnologia”, explicou Rafael Herdy, que é professor da rede pública e coordenador estadual do Ciseb.
Foguetes na prática e aprendizado além da sala de aula
Entre as principais iniciativas promovidas pelo Ciseb estão a participação na Mostra Brasileira de Foguetes (MobFog) e na Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA). Nessas competições, os alunos constroem protótipos de foguetes que são lançados utilizando recursos simples, como ar comprimido e água, em um exercício que mistura ciência, tecnologia e criatividade. “Os estudantes precisam projetar e testar seus foguetes, com a meta de alcançar pelo menos 100 metros de distância. Essa experiência vai além do aprendizado técnico, pois desenvolve resiliência e habilidade de trabalhar em equipe. Muitos protótipos não funcionam na primeira tentativa, e isso faz parte do processo de aprendizado”, afirmou Rafael.
As atividades não se limitam às competições. Durante todo o ano, o Ciseb oferece oficinas que permitem aos alunos explorar conceitos relacionados à astronomia e tecnologia. Além disso, escolas como Pedro Amazonas Pedroso e Deodoro de Mendonça, em Belém, desenvolvem projetos próprios, com apoio técnico do Ciseb.
A conexão com o Dia do Astronauta
Hoje, 9 de janeiro, é comemorado o Dia do Astronauta no Brasil, uma data que homenageia os profissionais que desbravam o espaço e inspiram gerações. Para Rafael Herdy, essa celebração reforça a importância de iniciativas como as realizadas pelo Ciseb, que aproximam os jovens da ciência e mostram que o conhecimento pode levá-los a alcançar novos horizontes: “Astronomia é uma área que desperta fascínio e curiosidade, mas nem sempre é valorizada. O Dia do Astronauta nos lembra da relevância de investir no aprendizado científico, que é essencial para a formação de cidadãos críticos e preparados para o futuro”, destacou.
Embora nem todos os alunos que participam desses projetos sigam carreiras em áreas científicas, a experiência deixa marcas profundas. “A ideia é mostrar que a ciência está ao alcance de todos e que o conhecimento adquirido pode ser aplicado em qualquer área da vida”, completou Rafael.
Como participar dos projetos
O Ciseb está localizado na Escola Estadual Marechal Cordeiro de Farias, na Avenida Júlio César, em Belém. Estudantes interessados em participar das oficinas ou desenvolver projetos tecnológicos podem buscar atendimento diretamente no local. Professores também podem solicitar apoio para implementar atividades semelhantes em suas escolas.
Astronomia como ferramenta de transformação
Ao unir ciência, tecnologia e criatividade, o Pará demonstra como o ensino pode ser transformador. Os foguetes construídos pelos alunos são apenas o início de um voo que amplia horizontes, inspira sonhos e prepara as novas gerações para os desafios do futuro.
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