Operação descobre área de 1 milhão de metros quadrados usada para garimpo ilegal em reserva indígena no Xingu

No local, os agentes do Ibama, PF e MPF encontraram máquinas pesadas e mercúrio usado para separar o ouro

Redação Integrada

Uma grande operação envolvendo agentes da Polícia Federal, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), da Polícia Militar e do Ministério Público Federal (MPF) descobriu uma área de cerca de um milhão de metros quadrados dentro da Terra Indígena Apyterewa, no Pará, que estava tomada por garimpeiros ilegais. Segundo o MPF, eles estavam trabalhando com maquinário pesado e material tóxico para retirar ouro da reserva indígena do povo Parakanã, que fica entre os municípios de São Félix do Xingu e Altamira e é considerada hoje uma das mais invadidas do país.

Conhecido como “Pista Dois”, o garimpo ilegal teve as atividades paralisadas pela grande operação conjunta. No local, foram encontradas sete pás carregadeiras, um trator e dez conjuntos de motores-bombas, todos instrumentos para escavar o solo da floresta em busca de ouro. Também foram encontradas armas, munição e mercúrio, o produto químico extremamente tóxico que é usado para separar o ouro nas atividades de mineração ilegal.

O maquinário de grande porte foi inutilizado durante a operação, como prevê a legislação ambiental para equipamentos usados em crimes ambientais, quando a fiscalização não tem meios para apreender e guardar o material.

A Polícia Federal estima que as máquinas encontradas valiam pelo menos R$ 2 milhões, o que indica pessoas de grande poder econômico por trás da operação do garimpo. Os garimpeiros que estavam no local fugiram para a floresta ao verem a aproximação dos agentes públicos e por esse motivo não foram efetuadas prisões, mas foram encontrados documentos que permitem a identificação dos donos do garimpo ilegal.

O MPF acompanhou a operação e agora, com o fechamento do garimpo, o trabalho dos investigadores será para identificar todos os envolvidos no crime e responsabilizá-los perante a Justiça pelos crimes e também pelos danos provocados pela atividade ilegal. Pelas leis brasileiras, responsáveis por crimes ambientais são obrigados a financiar a recuperação da área que degradaram.

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