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Oito em cada 10 cidades do País registram falta de medicamentos, Belém é uma delas

Belém está entre as cidades que reconhecem a dificuldade de obter alguns insumos e remédios essenciais para atendimento da população

Victor Furtado
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Pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) junto a 2.469 prefeituras do Brasil mostra que 80% das cidades estão enfrentando algum nível de desabastecimento de medicamentos e insumos de saúde. Em quase 60% dos municípios, não há previsão de normalização dos estoques. Na região Norte, apenas 89 de 450 prefeituras questionadas responderam à pesquisa. De forma ativa, a Prefeitura de Belém já havia divulgado uma nota falando das dificuldades sentidas.

A CNM sugeriu às prefeituras que alegaram problemas de insuficiência de medicamentos que pudessem elencar os tipos de remédios em falta. Os produtos compõem a lista básica de uma relação pré-estabelecida na pesquisa. Nesse contexto, a falta de amoxicilina (antibiótico) foi apontada por 68% (1.350) dos municípios. A ausência de Dipirona (anti-inflamatório, analgésico e antitérmico) na rede de atendimento municipal foi apontada em 65,6% das respostas (1.302 cidades).

A escassez de dipirona injetável foi relacionada por 50,6% dos municípios pesquisados, e da prednisolona — utilizada no tratamento de alergias, distúrbios endócrinos e osteomusculares, bem como de doenças dermatológicas, reumatológicas, oftalmológicas e respiratórias — indicada por 45,3% das cidades. A maioria dos gestores (44,7%) informou que a falta dos medicamentos costuma se estender por um período que varia de 30 a 90 dias, enquanto 19,7% relataram que o problema já se tornou crônico, ultrapassando os 90 dias.

Além da falta de medicamentos, a CNM questionou as gestões municipais de saúde sobre a faltam de insumos — seringas, gazes, agulhas e ataduras. Esses materiais, de uso único e de descarte total, estão relacionados com o cuidado de baixa complexidade. Gestores de 28,5% das cidades mencionaram a falta de pelo menos algum desses insumos.

Por nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) informou que a falta de medicamentos (antibióticos, analgésicos e antialérgicos, dentre outros) é um problema de amplitude nacional que decorre da redução de produção dos Ingredientes Farmacêuticos Ativos (IFAs) pela China e das dificuldades de importações em consequência da guerra na Europa. "A Sesma trabalha junto aos fornecedores no sentido de garantir a regularidade do abastecimento de medicamentos e insumos médico hospitalares, apesar da crise mundial de produção", comunicou o órgão.

A pesquisa também levantou o número de municípios que optaram pelo retorno da obrigatoriedade do uso de máscaras em razão do aumento de casos de covid-19 e de outras Síndromes Respiratórias Agudas (SRAG). Pelo menos 21% das prefeituras optaram pela retomada do uso obrigatório de máscaras, enquanto outras 75,5% decidiram não acatar essa medida. Na Grande Belém, nenhuma gestão pretende retroceder. No interior do Estado, Altamira optou por retomar a obrigatoriedade por uma questão preventiva, frente a uma nova onda de casos da doença.

Na capital paraense, a alta de casos de covid-19 e de SRAG levou o órgão municipal de saúde a reorientar o direcionamento de testagem e atendimento de casos leves para as Unidades Básicas de Saúde (UBS), deixando para as Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) o acolhimento dos casos sintomáticos de moderados a graves, a fim de reduzir a sobrecarga nos postos de saúde e pronto-socorros, distribuindo os atendimentos de acordo com a gravidade de cada caso", concluiu a Sesma.

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A falta de medicamentos como antibióticos, analgésicos e antialérgicos também ocorre devido à redução de produção dos Ingredientes Farmacêuticos Ativos (IFAs) pela China. A Sesma reiterou que não há falta de leitos na rede municipal de saúde

[[(standard.Article) Desabastecimento de medicamentos no país já é sentido em municípios do Pará]]

Falta de medicamentos inclui produtos especializados e até insulina

Na pesquisa da CNM, foram identificados outros medicamentos especializados que estão em falta, a citar: Quetiapina; Desonida, medicamento usado para tratamento de Leucemia e Câncer; Donepezila 10 mg; Sacubitril Valsartana 50 mg e 200 mg; Timolol 0,5%; Insulina Glulisina; Naltrexona; Neozine e Haldol; Crisapina; Rivastigmina; Latanoprost; Sulfadiazina; Seleginina; Lepeliza; Mesalazina; Galantamina; Rasagilina, Atorvastatina 80mg entre outros.

Já numa lista apontada pela própria CNM, foi registrado desabastecimento de: Noripurum 100mg (27,3%/328) usado para tratamento de anemia; Novamox 400mg (21,1%/253), antibiótico indicado para tratamento de infecções bacterianas (causadas por bactérias) comuns; Infliximabe 100mg (19,4%/233), usado para tratar pacientes adultos e pediátricos com doença de Crohn; Adalimumabe (17,4%/209), destinado ao tratamento da artrite reumatoide grave, ativa e progressiva; Amicacina (17%/204); Tocilizumabe (13,7%/164), para tratamento da artrite idiopática juvenil sistêmica (AIJ); Deposteron 200mg (13,6%/163), indicado para reposição de testosterona em homens que apresentem hipogonadismo primário ou adquirido; e Leflunomida (13%/156), indicado para o tratamento da artrite reumatoide ativa.

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