CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Novos delitos crescem por causa da pandemia do coronavírus, diz Segup

Polícia diz que combate assaltos a estabelecimentos e responsabilizará criminosos que aplicam golpes

Dilson Pimentel
fonte

Como estão impossibilitados de roubar ainda mais os transeuntes, já que diminuiu a circulação de pessoas pelas ruas em tempos de restrição de circulação por causa do coronavírus, os bandidos estão atacando, agora, os estabelecimentos comerciais que continuam abertos. Também cresceu o número de golpes e ações criminosas que se valem da internet e das redes sociais, confirmou esta segunda-feira (6) a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Segup), durante coletiva que divulgou os novos números do combate à criminalidade no Estado para o mês de março.

LEIA MAIS:
Pandemia impacta números da segurança e Belém tem aumento de roubos a lojas
Período da covid-19 pode levar a aumento das ocorrências com reféns, diz a PM

 

Segundo as autoridades, essa migração criminosa está sendo acompanhada pelos gestores do Sistema de Segurança Pública do Pará. "O nosso gargalo são os roubos a estabelecimentos comerciais, pois eles passam a ser um dos poucos alvos restantes para a criminalidade", disse, na manhã desta segunda-feira (6), o titular da Segup, Ualame Machado.

Ações contra lojas crescem na pandemia


"Nós tivemos dois tipos de roubo. Um deles já debelado e outro já quase nessa construção de conclusão. Postos de combustíveis. Prendemos uma quadrilha responsável por quase todos esses roubos. Quanto a estabelecimento comercial, alguns deles ainda permanecem abertos", disse Ualame Machado.

"Outros, até por vontade própria, preferiram encerrar as atividades por enquanto. Nós tivemos especificamente pelo menos em uma rede de grandes lojas três situações de assaltos que foram noticiadas pela imprensa. Essa rede é uma das únicas que continua aberta em todo o território paraense. E ela quase que é o único ponto para esses criminosos. Também esse grupo tem um setor de segurança que conversa muito conosco", afirmou.

Golpes nas redes


Mas, em tempos da pandemia do novo coronavírus, surgem, também, outros tipos de golpes. “O grande combate é àqueles que se aproveitam das crises e dos momentos difíceis da sociedade para se locupletar, com a divulgação das fake news e de supostos programas sociais, para enganar e obter vantagens”, afirmou Ualame Machado.

Sobre esses delitos, o delegado geral, Alberto Teixeira, destacou os crimes contra a economia popular. Ou seja, houve o aumento expressivo no valor de determinados produtos e a venda de um produto que não se presta "ao fim de salvaguardar a saúde da pessoa contra eventuais contágios". Ou seja, é estelionato.

Ele também citou links que oferecem supostos benefícios às pessoas. Link, por exemplo, que anuncia a cura da covid-19 e a venda do respectivo remédio que cura. “A pessoa clica e, assim, vai colocar vírus no seu computador ou no seu smartphone”, disse.

Outros golpistas pedem um cadastro para fazer uma doação e, ao fazê-lo, a pessoa acaba sendo lesada. “Esses são os principais crimes de pessoas sem escrúpulos que estão aproveitando esse momento para levar vantagem”, afirmou.

Operações contra abusos de preços


Alberto Teixeira também disse que, para combater esses golpes, a Polícia Civil está realizando uma série de operações em relação a esses produtos, quer eles estejam com preços exorbitantes ou não sejam de qualidade adequada. Os policiais civis também investigam as fake news, em que é pedida ajuda para uma pessoa que está doente, quando, na verdade, a pessoa está saudável. É golpe.

"Vamos continuar fazendo o que efetivamente sabemos fazer. Investigar e prender os responsáveis que estão se aproveitando deste momento para praticar ilícitos penais", afirmou Teixeira.

Ele destacou que, em março, foram realizadas 132 operações no Pará, com ênfase nos crimes contra as relações de consumo, contra a economia popular e os estelionatos.

Foram apreendidos mais de 1.300 litros de álcool  e 686 produtos de origem duvidosa, que estão sob análise do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves. Mais: 690 estabelecimentos fiscalizados e 300 fechados por estarem descumprindo as determinações do governo do Estado

A secretaria de segurança pública reforça os númerospara denúncias: eles são o 190 e o serviço de inteligência artificial pelo WhasApp Iara, no número (91) 98115-9181

No número (91) 98115-9181, disponível aos cidadãos paraenses desde o último dia 27 de março, as mensagens enviadas são recebidas e um diálogo se desenvolve a partir de informações solicitadas pela atendente virtual, com o objetivo de obter o máximo de informações pelo sistema de Inteligência Artificial Rápido e Anônimo, personificado pela atendente virtual denominada Iara.

Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞
Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Pará
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM PARÁ

MAIS LIDAS EM PARÁ