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No Pará, mais de 77% de pessoas com sintomas de covid-19 não procuraram atendimento médico

Dados são da PNAD Covid-19, que também mostra que apenas 9,9% fizeram testes para diagnóstico da doença

Redação integrada de O Liberal
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Um total de 394 mil paraenses apresentaram algum sintoma relacionado à covid-19 em setembro. A maioria (77,3%), porém, não procurou atendimento médico. Além disso, apenas 9,9% fizeram algum teste para saber se contraiu a doença no Estado, atestou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em boletim mensal da PNAD Covid-19, divulgado nesta sexta-feira (23). Os dados são referente à coleta realizada durante todo o mês de setembro pelo IBGE entre pessoas no território paraense pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). 

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Sintomas e testes


Segundo diz o IBGE, A maioria dos paraenses que tiveram sintomas em setembro, 309 mil ou 77,3%, não procurou atendimento médico. Vale lembrar que 7,4 milhões de pessoas não têm plano de saúde no Pará, o que corresponde a 86,4% da população residente.

"O percentual de pessoas que fizeram algum teste para diagnosticar a covid-19 no Pará, até setembro, foi de 9,9%. Das 854 mil pessoas que fizeram algum teste, a maioria (497 mil ou 58,2%) tinha idades entre 30 e 59 anos. Dessas, 262 mil testou positivo em setembro, o que corresponde a 3% da população do Estado", diz o boletim do IBGE.

Das 854 mil pessoas testadas no Estado, a maioria utilizou o método da gota de sangue do dedo: 525 mil pessoas. Outras 194 mil testaram pelo método SWAB e 224 mil testaram com sangue coletado pela veia do braço aferiu o estudo.

Comorbidades


O IBGE também apontou que um total de 1,29 milhão de pessoas no Pará tinha diagnóstico médico de alguma comorbidade em setembro, o que corresponde a 14,9% da população do estado.

"Dessas, a maioria (738) eram mulheres, pessoas com idades entre 30 e 59 anos (618 mil) e pessoas pretas e pardas (1 milhão). As principais comorbidades eram hipertensão (727 mil pessoas) e asma, bronquite, enfisema, doença respiratória crônica ou outra doença do pulmão (367 mil)".

Pesquisa acabará em dezembro


A pesquisa PNAD Covid-19 iniciou em maio. Em parceria com o Ministério da Saúde, o IBGE entrou em campo (por telefone e em caráter experimental) com o objetivo era monitorar os impactos da pandemia no mercado de trabalho brasileiro e na renda total da população, bem com levantar dados sobre ocorrência de sintomas, medidas adotadas e testagens. 

Entre dados relevantes estão as informações sobre trabalho remoto (“home office”) e o papel do auxílio emergencial na renda domiciliar. Agora, quando a pesquisa completa seis meses, o IBGE resolveu encerrar a coleta no dia 11 de dezembro próximo. 

O primeiro motivo para o encerramento da coleta é o próprio caráter temporário da pesquisa. O segundo visa reduzir a sobrecarga dos informantes, pois se trata de uma pesquisa feita a partir de um painel fixo de domicílios, ou seja, os mesmos informantes são procurados todos os meses para responder, o que gera desgaste.

Com o fim da coleta em dezembro, o IBGE pretende divulgar ainda mais dois resultados mensais referentes aos meses de outubro e novembro.
Os dados completos da pesquisa PNAD Covid-19, com relatórios semanais e mensais, estão disponíveis no site do IBGE  (com informações do IBGE no Pará).

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