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Nível dos rios continua subindo no Amazonas e afeta a população paraense

As cheias podem aumentar e piorar a situação da região, devido o fenômeno conhecido como La Niña

Com informações do Agencia Brasil

O nível dos principais rios que cortam o estado do Amazonas continua subindo e já afeta a população de várias cidades. Em Parintins, a marca histórica de 9,38 metros, registrada em 2009, foi ultrapassada. Desde o final de abril, o Rio Negro superou a cota de inundação severa, que era de 29 metros, e nesta quarta-feira chegou a marca de 29,72 metros de profundidade.

Esse nível de inundação é o maior entre os quatro últimos registrados pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e causa diversos danos e contratempos. Em Parintins, a cheia também prejudicou produtores rurais que perderam plantações cultivadas em áreas de várzea. Para auxiliar os moradores, a prefeitura está distribuindo cestas básicas e madeira para a construção de pontes e marombas. Mas já enfrenta dificuldades:

“Estamos com muita dificuldade na compra de madeira. A prefeitura só pode comprar madeira legalizada. Vamos priorizar as pontes para depois buscar ajuda para fazer maromba nas residências que estão alagadas pela enchente do Rio Amazonas”, declarou Garcia.

Em Manaus, a prefeitura irá utilizar sacos com areia para erguer barricadas para conter o avanço das águas do Rio Negro. Pontes e passarelas provisórias estão sendo construídos por toda a cidade para auxiliar na movimentação das pessoas. Devido a situação, no dia 6 de maio, a prefeitura chegou a decretar situação de emergência na cidade por 90 dias. 

E as cheias ainda podem piorar nas cidades ribeirinhas. Segundo o Serviço Geológico do Brasil, em praticamente todas as bacias, os níveis dos rios encontram-se altos para esta época do ano. Na Bacia do Amazonas, o volume de água deve continuar aumentando, assim como na Bacia do Rio Negro. Especialistas estimam que, próximo a Manaus, o nível pode ultrapassar a marca de 30,35 metros. 

“Dependendo das chuvas, é grande a probabilidade de ocorrer uma cheia tão severa quanto a de 2012, quando o nível atingiu 29,97 metros. Precisamos estar preparados”, alertou uma das pesquisadoras. O meteorologista Renato Senna também destacou a tendência à intensificação das chuvas devido o fenômeno conhecido como La Niña:

“O Censipam prevê chuvas acima dos padrões climatológicos para o sul de Roraima e para o norte e o noroeste do Amazonas, o que afetará o comportamento das bacias dos rios Negro, Japurá e Içá, bem como o curso do Amazonas e a calha do Solimões”.

 

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