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Negócios imobiliários apresentam queda no último trimestre de 2021em Belém e Ananindeua

Os números do mercado imobiliário nas duas cidades foram apresentados durante o 15º Censo Imobiliário de Belém e Ananindeua, que contou com a palestra especial do presidente da Comissão da Indústria Imobiliária (CBIC), Celso Petrucci.

Sérgio Chêne

Na tarde desta terça-feira (22), representantes do mercado imobiliário, em reunião online, apresentaram os resultados do quarto trimestre de 2021 do mercado imobiliário durante o 15º Censo Imobiliário de Belém e Ananindeua, que contou com a palestra especial do presidente da Comissão da Indústria Imobiliária (CBIC), Celso Petrucci. Os dados sobre o setor foram apresentados pelo gestor da Brain Inteligência Estratégica, Claubert Barreto. O evento foi promovido pelo Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon-PA) e destinado a empresas associadas, convidados, representantes de instituições financeiras e imprensa, e contou com o apoio do Sistema Fiepa e Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Pará (Ademi-PA).

No comparativo das vendas de unidades imobiliárias nas duas cidades, o quarto trimestre de 2021 apresentou uma queda em relação ao ano anterior. Se ano passado foram vendidas 338 unidades verticais, em 2020, a comercialização foi de 1.113 unidades. No último trimestre de 2022, foram vendidos 87 apartamentos de padrão médio, enquanto de alto padrão, 38. A análise do sindicato é que perdeu nas comercialização de unidades, mas se ganhou nos valores. Se em âmbito nacional o incremento nos últimos meses do ano foi de 12%, no Norte o índice ficou em - 4%.  

“O impacto maior foi registrado no segundo semestre de 2021 com o aumento dos insumos para construção, para os lançamentos. Nosso mercado recuperou em 2019, tivemos muitos lançamentos, mas impactados com o aumentos”, declarou o diretor de Indústria Imobiliária do Sinduscon, Bruno Miléo.

A diminuição das ações do Programa ‘Casa Verde’ dificultou uma maior dinâmica a novas demandas imobiliárias em Ananindeua. Em Belém, houve um crescimento em vendas de apartamentos no bairro Umarizal.

Sobre o recuo de 50,3% de unidades lançadas nas duas cidades, Claubert Barreto disse “ser um reflexo da pandemia, mas e tudo que veio à reboque dela, caso da perda da renda população”. “Qualquer empreendedor puxa o freio e tira o pé do acelerador. A renda caiu por conta da inflação e dos juros”, avalia Barreto.

Durante sua palestra, realizada conjuntamente com o presidente do Sindicato, Alex Carvalho, Celso Petrucci comentou sobre os dados do último trimestre do ano passado. Para os 12 meses de 2022, a expectativa no Brasil é que haja um aumento nas vendas e nos lançamentos de unidades, diante da melhoria no diálogo com Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), o que deve incrementar o poder de compra das famílias, sobretudo àquelas com perfil mais econômico e as atendidas pelo Programa de Habitação ‘Casa Verde Amarela’.

Em suas intervenções e análises, Carvalho ponderou sobre aspectos relacionados aos impactos por região brasileira, ajustes de cortes feitos na cadeia, a necessidade de reaproximação ao poder de compra das famílias, mas também a formação da renda das famílias do Norte, a intensa atividade informal e a necessidade do esforço conjunto aos moldes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

“Devemos estar juntos com o MDR, num diálogo, e está sensível para a reflexão de que o Estado do Pará pode mais”, defendeu Alex Carvalho.

Um trabalho integrado de empresários, prefeitos, e todos que possam colaborar com melhoria do mercado imobiliário e entender as peculiaridades regionais.

“Acho que o CBIC está procurando reconhecer as assimetrias, mas trabalhando de forma homogênea, pelo poder de compra e das unidades dos mercados regionais e no debate com o MDR”, disse o presidente do CBIC. O executivo também se mostrou sensível as questões dos processos de aprovação de crédito às famílias. “Os bancos, os que trabalham e atuam com poupança e crédito vêm mudando depois da crise, as empresas começaram a construir em outras partes do Brasil”, acrescentou Celso Petrucci. Sobre o que considerou assimetrias entre as regiões, Petrucci disse que no próximo dia 25 haverá uma reunião de representantes da Indústria Imobiliária com o banco Santander.

As informações do Censo envolvem os lançamentos empresariais do setor, vendas, oferta final, preço e programa de habitação como ‘Casa Verde Amarela’ (CVA), antigo ‘Minha Casa Minha Vida’ (MCMV), em ambos os municípios. Os resultados são referentes a metodologia de pesquisa em campo e técnicas específicas, que identificam as oportunidades no mercado para novos empreendimentos e o consequente atendimento a diferentes faixas de clientes.

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