CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Médica alerta para as complicações da diabetes; doença tem alto índice no Pará

Mulheres paraenses são mais afetadas que os homens

Cleide Magalhães

Segundo a médica endocrinologista Palloma Sichelero, o diabetes mellitus é um grupo de doenças metabólicas caracterizada pelo aumento da glicemia (açúcar no sangue). E tem mais risco de ter o diabetes pacientes que ingerem muito açúcar, refrigerantes e carboidratos, como farinha, e pacientes que já apresentaram glicose alterada.

LEIA MAIS

No Pará, 60% dos pacientes cadastrados para tratamento do diabetes são mulheres

Cerca de 6,8% dos belenenses adultos têm diabetes, aponta pesquisa

O diabetes apresenta dois tipos mais comuns. “O tipo um causa a destruição do pâncreas com deficiência absoluta da produção de insulina e é mais comum em crianças e adolescentes. Já o tipo dois ocorre entre 90 a 95% dos casos no Brasil e leva à perda progressiva da produção de insulina combinada com resistência à insulina”, esclarece a endocrinologista, que atua na rede pública e privada de saúde, em Belém, capital paraense.

"A principal causa de morte em pacientes diabéticos são as doenças cardiovasculares (infarto e AVC)" - Palloma Sichelero, médica endocrinologista.

Palloma Sichelero explica que os principais fatores de risco para desenvolver a doença são o excesso de peso, história de hipertensão arterial e doenças cardiovasculares, sedentarismo, história familiar de diabetes (pais, filhos e irmãos) e idade maior que 45 anos.  

A médica alerta que o diabetes pode levar a outras doenças. “Em geral, os fatores de risco para desenvolver diabetes são os mesmos associados a hipertensão arterial e alterações do colesterol. Pacientes diabéticos com controle ruim podem evoluir com insuficiência renal, podendo necessitar de hemodiálise; perda progressiva de visão; amputações; infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC)”.

Além de ocasionar outras doenças, o diabetes pode levar até à morte. “A principal causa de morte em pacientes diabéticos são as doenças cardiovasculares (infarto e AVC). Esse risco aumenta com o avançar da idade. Esses pacientes também têm maior chance de desenvolver infecções sistêmicas com morte, inclusive podem apresentar quadros mais graves da covid-19, podendo evoluir pra óbito”, destaca Sichelero.

Alguns sinais da doença

A maioria dos pacientes não apresentam nenhum sintoma, com diagnóstico feito durante exame de rotina. No entanto, os sinais clássicos são aumento da sede e urina, borramento visual e, menos frequente, emagrecimento.

A endocrinologista orienta que, se a pessoa apresentar qualquer tipo de sintoma sugestivo, deve ser feita investigação laboratorial. “Nos pacientes que não apresentam sintomas, sugere-se rastreio anual ou em menor intervalo de tempo quando houver excesso de peso associado à alterações na pressão e colesterol, idade maior que 45 anos e doença coronariana”, frisa a médica pós-graduada em Endocrinologia e Metabologia pela Universidade Federal do Pará.

Em caso de alteração nos exames de rastreio, deve-se procurar atendimento médico especializado para diagnóstico definitivo e início de tratamento. “O diabetes é uma doença crônica, portanto, o controle deve ser feito de maneira continua e com avaliação regular com medico especialista. Quando bem orientado é possível obter controle excelente”, afirma.

Todavia, a médica enfatiza que o principal tratamento é a mudança de estilo de vida, como consumir menos açúcares, refrigerantes, farinhas e outros carboidratos; prática regular de exercício físico e perda de peso.

“A principal maneira de evitar diabetes é através de boas práticas de saúde. Adoção de dieta balanceada desde a infância e pratica regular de exercício físico, além de controle adequado de outras doenças sistêmicas”.

Em tempos de isolamento social, mudanças no padrão alimentar e diminuição da pratica de exercício físico podem levar à descompensação do diabetes.

“Porém, não devemos esquecer que esses pacientes podem apresentar complicações graves em decorrência da covid-19 e o tratamento adequado melhora a qualidade de vida e longevidade. Por isso, é indispensável avaliação regular com médico especializado”, orienta a endocrinologista Palloma Sichelero.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Pará
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM PARÁ

MAIS LIDAS EM PARÁ