Mapeamento genético contribui para preservação florestal

Método tem sido utilizado com espécies do Pará

Redação Integrada
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17 de julho é o Dia da Proteção às Florestas, data criada para lembrar que a preservação das matas é um compromisso de todos. Realizados a partir da coleta de rastros deixados por animais e plantas na natureza, o mapeamento genético da flora e fauna amazônica, por exemplo, desempenha um papel estratégico nessa missão: ajuda a levantar todas as informações do DNA de cada ser vivo. Quanto mais conhecimento sobre uma espécie, mais fácil é preservá-la.

É um método que tem sido utilizado na região de Carajás para estudar a manutenção de espécies como o jaborandi e a flor-de-carajás  - e coletar esses dados ajuda o Pará a criar uma biblioteca de referências genéticas.

Pesquisadores do Instituto Tecnológico Vale (ITV), responsáveis pelos estudos, estão identificando o DNA de ambientes da Amazônia. “A água, o solo e os sedimentos de um ambiente contém rastros das espécies que habitam esses locais, coletando amostras desses locais nós conseguimos sequenciar o DNA e de uma vez só identificar todas as espécies que habitam esses ambientes”, explica o diretor do ITV, Guilherme Oliveira.

O trabalho envolve plataformas de sequenciamento de DNA de última geração, capazes de gerar todo o perfil genético de uma espécie em um único dia e computadores de alto desempenho. 

O banco de dados contribui para a ampliação do conhecimento que contribui para a preservação de ambientes nativos, a compreensão da biologia das espécies, o monitoramento da evolução da restauração de ambientes degradados para o mais próximo do original e também desenvolvimento de pesquisas em biotecnologia. 

“É um trabalho fundamental para a proteção da natureza, para recuperação de áreas, para encontrar soluções para problemas humanos através da biotecnologia e para desenvolver cultivos que vão gerar renda para as famílias, sem prejudicar a natureza”, explica ainda Guilherme.

A abordagem do DNA ambiental está sendo usada para monitorar espécies de plantas de canga (vegetação típica de locais onde há a presença de minério) e de invertebrados das cavernas de Carajás. Um dos exemplos é o sequenciamento dos genomas e a caracterização genética de plantas amazônicas, como o jaborandi e a flor-de-Carajás. 

“Isto nos permite compreendermos de forma ampla como as espécies interagem com o meio ambiente e identificarmos localidades prioritárias para a manutenção das populações, assim permitindo um direcionamento mais eficiente para as medidas de conservação na região de Carajás”, diz Santelmo Vasconcelos, pesquisador do ITV.

O projeto DNA da Amazônia tem também como parceiros a Universidade Federal do Pará, The Rockefeller University, Dresden University of Technology, Museu Paraense Emílio Goeldi, University of Copenhagen, PUC RS, Universidade de Minas Gerais e e a Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil. 

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