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“Lua de Sangue” será vista na segunda-feira

Fenômeno ocorrerá das 2h12 às 2h43

O Liberal

Um eclipse total da Lua será a grande atração da madrugada da próxima segunda-feira (21). O fenômeno será caracterizado pelo que ficou conhecido como “Lua de Sangue” por algumas pessoas. É que no eclipse total, quando a lua mergulha completamente no cone de sombra da terra, ela adquire um aspecto avermelhado. “Isso ocorre por um efeito de borda da terra”, explica o professor Luís Carlos Bassalo Crispino, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Física da Universidade Federal do Pará. 

Segundo ele, embora os raios de sol não atinjam a Lua diretamente, por difração eles são desviados e uma pequena parcela atinge a terra. “Essa parcela, na faixa do visível, é justamente mais para o lado vermelho. E aí acontece aquilo que algumas pessoas chamam de ‘Lua de Sangue’ - porque a lua fica avermelhada”, acrescentou. Bassalo explicou ainda que o eclipse total ocorre quando há um alinhamento perfeito entre Sol, Terra e Lua, que passa pelo chamado cone de sombra da terra.

Há vários tipos de eclipse, de acordo com o professor. “Primeiro, você separa entre eclipse do Sol e da Lua. Nesse caso, é da Lua, que também pode acontecer de várias formas, denominadas penumbral, parcial e total. “Vamos ter um eclipse total, que é quando a Lua fica totalmente encoberta pela sombra da terra. É o espetáculo mais bonito, o do eclipse total, quando a lua fica completamente escurecida”. 

O fenômeno do próximo dia vai durar mais de três horas. “A fase parcial do eclipse começará à 0h34 de segunda-feira (horário de Belém) e vai se estender até 3h51 da madrugada. A fase total, quando a Lua ficará completamente encoberta, vai durar de 2h12 até 2h43”, explicou. Ainda de acordo com o professor, o problema de visualização dos eclipses em Belém está no céu encoberto. 

Mas há vantagens, também, em um eclipse da lua: por ser um astro relativamente brilhante, que contrasta com o escuro da noite, mesmo que haja nuvens pouco espessas cobrindo o satélite, é possível acompanhar o fenômeno. “Como são três horas, é grande a chance de você ver uma parte disso”, avaliou. Ele observou também que é mais complicado apreciar o eclipse do Sol, pela necessidade de equipamentos especiais. 

“O eclipse da Lua você pode observar de qualquer jeito, a olho nu. Particularmente, isso faz desse evento uma coisa extremamente democrática, porque qualquer cidadão, mesmo que não tenha nenhum acessório ou instrumento, pode observar o eclipse com tranquilidade, com segurança”, acrescentou. “A vantagem é essa: pode abrir a janela de sua casa: desde que esteja vendo a Lua, estará vendo o eclipse”. Com um telescópio, no entanto, é possível ver detalhes do eclipse total.

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