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HPV: mais de meio milhão de pessoas não completaram o esquema vacinal contra o vírus no Pará

Vacinação é voltada para meninos e meninas de 9 a 14 anos de idade para prevenir doenças como alguns tipos de cânceres

Camila Guimarães/ Laís Santana
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O índice de cobertura vacinal contra o HPV, sigla em inglês para Papilomavírus Humano, é baixo em todos os públicos alvos da imunização no Pará, a saber, meninos de 11 a 14 anos e meninas de 9 e 14 anos. Atualmente, apenas 36,09% dessa população está imunizada contra o vírus que pode causar algumas doenças, entre elas, tipos de câncer, como câncer de pênis ou do colo do útero. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa).

Ainda segundo a Sespa, o Pará tem, ao todo, 930.262 pessoas, entre meninos, na faixa etária alvo da imunização contra o HPV, mas a maioria (594.487) não completou o esquema de duas doses da vacina contra o vírus, permanecendo vulneráveis à contaminação e ao desenvolvimento de doenças.

Nos dois últimos anos, o índice de cobertura vacinal variou pouco, mas para menos, caindo de 36,87% em 2020 para os atuais 36,09% em 2022. Na análise do cenário por gênero, os meninos têm as menores coberturas vacinais: os menos imunizados são os da faixa etária de 11 anos, com apenas 10,03% de cobertura. Os meninos de 14 anos são os mais vacinados, com 30,70% de cobertura.

Já as meninas, apesar de apresentarem uma cobertura maior do que a dos meninos, assim como eles, também estão longe do ideal de 80% da população imunizada, segundo os parâmetros do Plano Nacional de Imunização. As meninas de 9 anos são as menos imunizadas, apenas 13,78%; já as meninas de 13 e 14 anos têm o mesmo índice vacinal, 56,56%.

A coordenadora estadual da Divisão de Imunização da Sespa, Jaíra Ataíde, ressalta a importância da vacinação contra o vírus que também causa o câncer de ânus e o câncer de garganta, entre outras doenças.

“Dentro da nossa perspectiva, o Programa Nacional de Imunização, como o próprio controle do câncer, coloca muita esperança na vacinação nessa faixa etária dos adolescentes para que possamos formar uma geração protegida do câncer de colo de útero e outras doenças. Desde quando a vacina foi implantada, ela começou sendo escalonada por grupo etário e a cada ano acrescendo, para que nós pudéssemos criar um volume de meninas vacinadas e a partir dai iniciar a vacinação dos meninos. A grande questão na saúde pública seria exatamente vacinar uma população antes do contato sexual justamente para já estar protegida contra o HPV”, explica. 

A exemplo do câncer de colo de útero, uma das principais causas, de morte de mulheres no mundo, o vírus do HPV também oferece riscos para os homens. “O vírus do HPV é de transmissão sexual e ele é de fácil transmissibilidade, de tão fácil transmissibilidade que os estudos apontam que 50% da população é portadora são do vírus, quer dizer, que não tem nenhuma, mas no momento do ato sexual ele transmite a outros parceiros o vírus. Todo caso de câncer de colo de útero é encontrado o vírus do HPV, mas não significa dizer que quem é portador do vírus vai desenvolver o câncer, tem mais de 150 tipos diferentes do vírus HPV, os mais oncológicos são exatamente esses quatro que temos na vacina quadrivalente”, esclarece Ataíde. 

A vacina contra o HPV está disponível em todos os postos da rede pública de saúde para meninos e meninas dos 9 aos 14 anos, e pessoas portadoras do vírus HIV dos 9 aos 45 anos. São indicadas duas doses de vacina com intervalo de 6 meses entre as doses.

Confira o índice de cobertura vacinal contra HPV no Pará em 2022:

Meninas por faixa etária:

9 anos: 13,78

10 anos: 31,07

11 anos: 40,95

12 anos: 50,75

13 anos: 56,56

14 anos: 56,56

Meninos por faixa etária:

11 anos: 10,03
12 anos: 20,76
13 anos: 25,43
14 anos: 30,70

Queda na cobertura vacinal geral do Estado

2020: 36,87
2021: 36,71
2022: 36,09

Fonte: TABNET/DATASUS
Atualizado em: 25.12.2022

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