Exército realiza mais de 5 mil atendimentos em comunidades ribeirinhas e quilombolas no Pará

Os serviços contemplaram especialidades como clínica geral, pediatria, ginecologia, psicologia, enfermagem, farmácia e odontologia

O Liberal
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Moradores de ilhas e comunidades quilombolas de Abaetetuba, no Baixo Tocantins, receberam entre os dias 19 e 21 de agosto atendimentos médicos, odontológicos, psicossociais e de cidadania durante a Ação Cívico-Social (ACISO) promovida pelo Comando Militar do Norte (CMN), por meio da 8ª Região Militar. A iniciativa beneficiou quase 5 mil pessoas e reforçou a presença do Exército na Amazônia.

A ação contou com a parceria da Prefeitura de Abaetetuba e mobilizou mais de 100 militares do Hospital Geral de Belém, 2º Batalhão de Infantaria de Selva, 8º Batalhão de Manutenção de Selva e 8º Batalhão de Suprimento de Selva. Os atendimentos foram realizados na escola Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, transformada em hospital de campanha, e em consultórios improvisados em barracas.

O apoio logístico envolveu o ferry-boat Tenente Daniel Bazoli e a balsa Forte do Presépio, ancorados na ilha Anequara, além de um helicóptero HM-1 “Pantera”, que auxiliou nas visitas e despertou a curiosidade das crianças da comunidade.

O General de Exército Vendramin, comandante do CMN, ressaltou o compromisso da instituição com a sociedade. “Nós normalmente nos aproximamos de comunidades que têm carência e ajudamos a suprir essas necessidades. Abaetetuba é um município em constante evolução, com mais de 160 mil habitantes, em que parcela considerável da população vive em ilhas, com uma demanda de quase 35 mil habitantes para prestar apoio. É uma obrigação, mas também uma satisfação, fortalecendo os laços das comunidades com o Exército”, declarou.

O General de Divisão Carlos Feitosa, comandante da 8ª Região Militar, explicou a escolha da data, próxima ao Dia do Soldado (25 de agosto), e afirmou que novas ações já estão em planejamento. “A 8ª Região Militar recebeu do CMN a missão de planejar a realização de uma ação em local onde a comunidade necessitasse. Fomos muito bem recebidos pela prefeitura, e a localidade nos favorece por possuir um Tiro de Guerra, que completou 50 anos e que permite suporte à equipe. É a primeira vez que estamos fazendo e já estamos planejando a segunda”, adiantou.

A prefeita de Abaetetuba, Francinete Carvalho, também destacou o impacto da parceria. “Essa parceria é importantíssima. Nós temos em Abaetetuba 72 ilhas e uma única UBS Fluvial. Hoje, unindo Prefeitura e Exército, a gente pôde trazer vários serviços e uma fonte de inspiração para nossas crianças e juventude, de servir a pátria e a Amazônia! Só gratidão ao Exército, por uma forma maravilhosa de comemorar 130 anos da cidade, com serviços ao povo”, agradeceu.

Especialidades

Os serviços contemplaram especialidades como clínica geral, pediatria, ginecologia, psicologia, enfermagem, farmácia e odontologia. O Coronel Mergulhão, do Hospital Geral do Exército, coordenou a equipe médica.

A dona de casa Darina Gonçalves Pereira, moradora da região, soube da ação, embarcou em uma voadeira e levou o sobrinho Yan para ser atendido pelo pediatra do Exército.

“Vim trazer o meu sobrinho Yan para consultar com o pediatra. Ele tem tosse alérgica. Trouxe ele para ter uma assistência melhor com o pediatra. Gostei muito do atendimento, achei muito bom, serviço de qualidade. Os idosos não têm como ir ao hospital e estão sendo atendidos. Se não tivesse esse atendimento, a gente teria que tirar dinheiro para pagar uma consulta com pediatra particular em Abaetetuba”, afirmou.

A pescadora Maria Olinda Batista, 54 anos, da ilha Sapucajuba, também aproveitou a oportunidade. “Vim me consultar. Tenho problemas de coluna e de coração. Gostei do atendimento. O médico foi muito atencioso. Achei muito importante para nós, esse atendimento”, reconheceu.

De acordo com o Coronel Marcus Vinicius, coordenador-geral do ACISO, a maioria dos atendimentos foi de baixa complexidade, mas permitiu diagnósticos importantes. “Os atendimentos no geral são de baixa complexidade, de crianças com micoses diversas, e atopias, como tosse e rinite alérgica. Há algumas doenças que só o olhar médico pode identificar. E esse atendimento no ACISO proporciona diagnóstico precoce”, falou.

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