Especialistas explicam os sinais de alerta para socorrer vítimas de AVC em praias e balneários
Alguns cuidados são necessários também para evitar que esses acidente ocorram, como a prática de atividades físicas e consultas regulares
Alguns cuidados são necessários também para evitar que esses acidente ocorram, como a prática de atividades físicas e consultas regulares
Em julho e início de agosto, é comum que muita gente viaje para os balneários em virtude das férias. No entanto, é necessário ficar atento com determinados problemas de saúde que podem ocorrer nesse período. O Acidente Vascular Cerebral, popularmente conhecido como AVC, é um deles. A prevenção passa por hábitos de vida mais saudáveis que previnem a doença.
O AVC ocorre quando há uma redução do fluxo de sangue ou um sangramento no cérebro. O neurologista Antônio de Matos explica que é fundamental reconhecer os primeiros sinais para agir a tempo e salvar uma vida. “Os sintomas são dor de cabeça súbita e intensa, perda da força ou dos movimentos de um lado do corpo, dificuldade para falar, confusão mental, formigamento ou desmaio”, destaca o médico.
O neurologista destaca algumas ações que podem ser colocadas em prática para evitar o AVC. Elas envolvem hábitos de vida saudáveis, nutrição regular, prática de exercícios físicos, cuidados com doenças crônicas, como diabetes, pressão alta e interromper o tabagismo. “Lógico, caso a pessoa tenha alguma alteração, um entupimento, o que a gente chama de estenose nos vasos do pescoço ou arritmias no coração, deve procurar um médico para tomar medicações específicas ou realizar cirurgias antes que o acidente ocorra. Sempre é melhor prevenir do que remediar, então tratar o paciente antes é o melhor cenário, determinando, assim, uma qualidade de vida maior”, ressalta.
Se alguém estiver passando por uma situação de AVC, algumas medidas disfarçadas podem ser colocadas em prática nos balneários: pedir para a pessoa sorrir, e notar assimetria da face, ou seja, se o sorriso for só de um lado, pode ser sinal de que o outro lado da cara está paralisado; levantar os braços, se tiver sofrendo o acidente, a vítima só consegue o movimento em um dos membros; e falar de forma que haja entendimento, pedindo para repetir uma frase e reparando se as respostas forem incoerentes. Caso algum dos sinais seja identificado, o ideal é registrar a hora e chamar imediatamente por socorro.
→ Alteração da visão;
→ Dificuldade em andar, tonturas ou perda de equilíbrio;
→ Dor de cabeça de grande intensidade e sem causa aparente;
→ Sensação de náusea e vômitos durante alguns minutos ou horas;
→ Breve período de irresponsividade, desmaios, convulsões ou coma.
O AVC Isquêmico ocorre quando há uma obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria do cérebro, o que causa a falta de circulação vascular na região. Esse é responsável por 85% dos casos. Já o AVC Hemorrágico acontece quando um vaso se rompe espontaneamente e há extravasamento de sangue para o interior do cérebro. Este tipo está mais ligado a quadros de hipertensão arterial.
Em qualquer dos casos, o cérebro vê-se impedido de receber nutrientes e oxigênio, entrando as suas células em necrose ou morte do tecido cerebral.
No caso do AVC isquêmico, existem tratamentos que podem ser eficazes se administrados até quatro horas e meia após o aparecimento dos sintomas. Por outro lado, em caso de AVC hemorrágico, pode ser necessário proceder a uma intervenção cirúrgica urgente.