Entenda o fenômeno da maior e última Superlua do ano

A lua estará mais perto da Terra na quarta-feira (13) e poderá ser vista ao longo de toda a noite

Camila Guimarães

Na noite desta quarta-feira, 13, o céu deve ficar bem mais iluminado com a ocorrência da Superlua. É o segundo e último fenômeno do tipo em 2022. O primeiro foi há aproximadamente um mês, porém, esta pode ser considerada uma superlua especial, pois o astro estará ainda mais próximo da Terra, a uma distância de 357.263 quilômetros, e poderá ser visto a noite toda.

O físico e coordenador do Núcleo de Astronomia da Universidade Federal do Pará (Nastro/UFPA), Luís Carlos Bassalo Crispino, explica que a Superlua é um fenômeno que acontece devido ao formato elíptico da órbita da lua: “Se fosse um círculo perfeito, a distância da lua em relação à Terra seria sempre a mesma, mas se tratando de uma elipse, há momentos em que a lua e a Terra estão mais próximas”.

Além disso, para acontecer a superlua, o professor esclarece que é preciso, necessariamente, que a passagem da lua pelo ponto mais perto da Terra coincida com a sua fase cheia. Esse fenômeno já aconteceu este ano, no mês de junho, mas Crispino garante que dessa vez será mais especial:

“Apesar de a lua sempre passar por esse ponto mais próximo da Terra em algum momento, coincidindo com a sua fase cheia, a distância dessa proximidade varia de fenômeno para fenômeno. Nesta quarta-feira, a lua vai estar ainda mais próxima do que esteve no mês passado”, explica.

Com isso, os admiradores do astro terão a sensação de que a lua estará ainda maior e mais brilhante. O professor também considera que o verão amazônico tende a colaborar com a observação, proporcionando um céu mais limpo, sem nuvens. Ele também deixa um alerta para quem deseja acompanhar o fenômeno: “Será a última Superlua do ano. Depois, só no ano que vem”.

 

Cheia das marés

A lua, normalmente, já exerce influência gravitacional sobre a Terra, variando de acordo com a distância entre o astro e o planeta, provocando um fenômeno conhecido como maré cheia.

Na Superlua, Crispino afirma que a influência poderá ser ainda mais forte: “Quanto mais próxima a lua, maior a alta da maré. Durante as Superluas, temos marés altas maiores que o normal”.

 

Universo sempre em alta

Na última segunda-feira (11), a Nasa (do inglês, Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço) divulgou a primeira foto colorida do espaço feita pelo telescópio James Webb. A imagem é a visão infravermelha mais profunda e nítida do universo até então, de acordo com a agência espacial norte-americana.

O professor Crispino avalia que, conquistas como essa alimentam um fascínio pré-existente da humanidade pelo universo que nos cerca, conforme comenta: “A imagem do James Webb mostra galáxias como nunca vimos antes, isso contribui, sim, para chamar atenção das pessoas para a astronomia. Mas, de modo geral, a astronomia sempre é fascinante, porque o planeta Terra é um pontinho minúsculo no sistema solar, que gira em torno de uma estrela que existe como bilhões de outras. Isso sempre nos fascinou e sempre vai fascinar”.

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