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Entenda como funcionam os boletins da Sespa sobre casos de covid-19 no Pará

Metodologia de registro de informações, se vista sem entendimento do sistema, pode levar a conclusões equivocadas em finais de semana

Victor Furtado

Diariamente, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) publica um boletim de casos e mortes por covid-19 no Pará. Essas informações chegam às redes sociais — de forma resumida para acompanhamento da população — e são detalhadas de forma mais técnica no site de monitoramento, quase sempre às 18h. Só que compreender como funcionam alguns termos, como novos casos e subnotificações, requer um pouco de compreensão. Do contrário, é possível que, em um final de semana, alguém tenha a falsa impressão de que a pandemia simplesmente acabou.

Chegou um momento em que a pandemia tomou um nível de transmissão em que se tornou impossível identificar a origem. O número de casos cresceu para além da capacidade de processar todos os exames de uma só vez para confirmar um caso de covid-19. Então alguns casos levam tempo até serem totalmente registrados, dependendo de circunstâncias mais específicas. A partir daí, a Sespa passou a adotar uma metodologia de registrar os casos mais recentes (no período de sete dias) e os casos subnotificados (superiores a sete dias), que demoraram a ser confirmados e informados ao órgão estadual.

 

 

Quem alimenta o sistema da Sespa não é a própria secretaria. São as prefeituras. Algumas prefeituras são pequenas e possuem poucos servidores disponíveis para notificar todos os casos e publicar nos sistemas da Sespa. Podem ainda ocorrer falhas de comunicação devido a problemas de internet. E isso leva muitos municípios a divulgar boletins primeiro nas próprias redes sociais. E só então em outro momento alimentar o sistema estadual, que consolida os dados das 144 cidades. Daí muitas vezes haver diferenças entre os números compilados e os individuais.

Aos finais de semana, muitas prefeituras não mantêm plantões. E algumas até funcionam somente até 13h. Por isso, os boletins da Sespa lançados aos sábados e domingos — os de segunda, de vez em quando também — costumam ter dados muito baixos: porque não há lançamentos no sistema. No meio desse período, pode haver mudanças.

Por exemplo: o boletim lançado no sábado (17), teve dados de casos confirmados entre os dias 11 e 17 e mais os casos do dia 10 para trás e só confirmados tardiamente. O de domingo (18) teve dados de 12 a 18. Neste domingo, não houve lançamento no sistema de casos e mortes confirmadas desse período. Mas isso não quer dizer que o Pará ficou uma semana inteira sem novos casos. Só não houve lançamento no monitoramento da Sespa. Nesta segunda (19), houve registros e o Pará voltou a apresentar casos 13 a 19 e do dia 12 para trás.

"No último domingo não houve cadastramento de novos casos ou novos óbitos que ocorreram nos últimos sete dias, por parte dos municípios. Os dados são referentes do dia 12 ao dia 18. No entanto, não se pode afirmar que não haja notificação de casos ou óbitos nos últimos 7 dias, apenas que esses dados ainda não foram inseridos no sistema", informou a Sespa, em nota.

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