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Empresa de polpa de fruta de Castanhal se prepara para entrar nos países árabes

A fábrica entrou este ano no mercado europeu, com um contêiner de 25 toneladas de polpa entregue em Portugal

Patrícia Baía
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O ano de 2024 marca a entrada da empresa castanhalense de polpas de frutas no mercado europeu. Um contêiner com 25 toneladas polpas de frutas desembarcou em Portugal.

“A felicidade é muito grande porque percebemos o quanto estamos trabalhando e lutando para chegar em lugares mais distantes. Significa que somos notados por mercados nunca antes imaginados”, relatou Joyce Gomes proprietária da Nurtrin Polpas.

A empresa começou de forma discreta em 2011 pelo empresário Paulo Gomes, marido da Joice, que vendia polpa de cupuaçú em comércios de Castanhal.

“Comprava em Tomé-Açu a polpa in natura e em Castanhal colocava na embalagem dele personalizada e ia de comércio em comercio vendendo”, contou Joice.

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Em 2013 o casal de empresários aumentou o negócio. Investiu na compra de dois frízeres e depois na primeira câmara fria, além de diversificar os sabores das polpas.

“Ele ficava com a parte da logística e eu com o escritório, passamos a aumentar a nossa cartela de produtos e de madrugada a gente acordava para ir virar as polpas dentro da câmara para que não perdesse a qualidade do produto”, relembrou.

image A polpa da goiaba é uma das mais vendidas, mas a fruta vem de fora do Pará (Patrícia Baía / O Liberal)

Do começo da empresa que hoje se destaca no mercado paraense a até no internacional, os empresários mantém a localização da fábrica.

“Começamos na nossa casa e aos poucos fomos comprando os terrenos ao lado. A gente sabe que um dia vamos ter que ir para uma outra área por uma questão de logística e acesso, mas nunca esquecemos onde tudo começou que foi em uma casinha no bairro de Santa Lídia”, disse.

Investimento em certificação

Para conquistar outros mercados o casal de empresários investiu nas certificações. A primeira delas foi o MAPA emitido pelo Ministério da Agricultura e que dá a licença para vender para todos os estados brasileiros.

“Em 2016 fui no Sebrae para tirar o nosso registro, o MAPA do Ministério da Agricultura que disponibiliza a venda para todo o país. Graças a Deus deu certo porque já tínhamos a permissão da ADEPARA para vender em todo Pará. Então fomos em busca de outros mercados, já que a gente dominava a região bragantina”, contou a empresária.

Em 2018 o casal foi em busca do certificado para conquistar o mercado americano. “O FDA é um certificados para vender nos EUA que também é emitido pelo Ministério da Agricultura, porém precisa de um documento americano que é emitido por um órgão como a nossa Avisa. Há um ano foi liberado”, contou.

Os pedidos para empresas americanas ainda não surgiram, mas o certificado FDA abriu as portas para a primeira venda em Portugal.

“Para lá não precisa de certificado, porém precisa estar com toda a documentação exigida e como já temos o FDA significa que estamos dentro de um padrão”, explicou.

Mas as polpas da empresa já foram enviadas para os EUA. “Tivemos pedidos de clientes menores e enviamos de avião, mas se não tivéssemos o FDA não seria possível embarcar as polpas”, explicou.

Agora a Nutrin Polpas se prepara para entrar no mercado Japonês e no dos países árabes, que para a empresária é um dos mais difíceis.

image Fábrica de polpas de Castanhal realizou este ano a primeira venda para a Europa (Patrícia Baía / O Liberal)

“A certificação é o HACCP, como se fosse um ISO 22000, e o HALAL para entrar no Japão. Já recebemos ligações de dois compradores de Dubai, mas sem esses certificados não podemos enviar, porém não depende somente de nós empresa e sim dos produtores. Nos países árabes eles não consomem certos tipos de animais e os adubos devem ser totalmente orgânico. Por isso estamos pensando em investir na produção de acerola e maracujá em Castanhal para temos um total adequação para esse mercado”, explicou.

Mercado das frutas

A produção de frutas no Pará não é suficiente para garantir a demanda da empresa, por isso grande parte das frutas vem da região nordeste brasileira.

“Começamos comprando direto do agricultor em Castanhal e em outros município da região, mas começamos a sentir dificuldade em encontrar as frutas. Os agricultores estão mudando o plantio de muitas frutas por pimenta do reino. Por isso o nosso caju vem Piauí, o cupuaçu e a graviola são da Bahia o bacuri do Maranhão, a goiaba e o maracujá de Petrolina”, explicou Joice.

 

 

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