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É Pará Isso: Fordlândia e a megalomania capitalista na floresta amazônica

Hoje a vila tem o aspecto de uma cidade fantasma, com um patrimônio arquitetônico incomum para a região

Alan Bordallo, especial para O Liberal

De projeto grandioso ao completo abandono. Assim pode ser resumida a história de Fordlândia, que na década de 1920 recebeu milhões de dólares em investimento de Henry Ford, em um projeto que não deu certo. Hoje a vila tem o aspecto de uma cidade fantasma, com um patrimônio arquitetônico incomum para a região. Jeová Sousa pegou uma lancha e foi até o local para saber como funciona a vila quase um século depois de sua fundação.

Ruas pavimentadas e iluminadas, hidrantes vermelhos, água encanada e até hospital, piscinas, cinema, campos de golfe, e carros pelas ruas. Assim era a cidade modelo de Henry Ford, o então homem mais rico do mundo, quando da sua fundação. Sua ideia era um imenso seringal para produção de látex, matéria prima cobiçada na época. Para isso adquiriu um milhão de hectares na floresta. Mas o projeto não decolou pois a concorrência (Indonésia, China e Vietnã principalmente) ofereciam melhores custos. E de um dia para o outro, a megalomaníaca operação de Ford acabou.

Restou no local uma herança para quem ficou. Porém, longe dos investimentos que vinham dos Estados Unidos, foi impossível manter aquela estrutura, que aos poucos foi se deteriorando. Mas fantasma mesmo o local não é: hoje vivem no local cerca de 1300 pessoas, e o vilarejo pleitea sua emancipação política. Seu Maranhão é um destes moradores e guiou Jeová por alguns dos lugares emblemáticos da vila, como os galpões onde se vê ainda máquinas (utilizadas para produção de peças necessárias para a operação) e veículos (alguns deles com inscrições do Exército dos Estados Unidos) e a Vila Americana, que recebia os oficiais de alta patente e seus familiares.

A megalomania do projeto de Henry Ford na Amazônia foi mostrada por Jeová Sousa em seu conteúdo mais recente. Ele foi um dos seis selecionados do projeto "É Pará Isso", desenvolvido pelo Grupo O Liberal e Meta (Facebook/Instagram) e com apoio do Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ), Associação Nacional de Jornais (ANJ) e Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner). 

Durante os meses de junho e julho, seis produtores de conteúdo vão mostrar em vídeos o potencial cultural, turístico e histórias de diferentes regiões do Estado. As produções são divulgadas nas redes sociais de O Liberal e estão disponíveis em OLiberal.com/e-para-isso.

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