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Dia Mundial do Rim: 567 pacientes aguardam por um órgão no Pará, aponta Sespa

Cuidados com o órgão garantem qualidade de vida

O Liberal
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Para se ter uma ideia do que representa o funcionamento dos rins para a vida do ser humano: no Pará, atualmente, 567 pacientes aguardam por um rim, como informa a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa). E é esse órgão que atua para regular a pressão arterial, filtrar o sangue, eliminar as toxinas do corpo, controlar a quantidade de sal e água do organismo, produzir hormônios que evitam a anemia e as doenças ósseas, e, quando a estrutura do rim está bem comprometida, é necessário o transplante do órgão. 

A Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna reúne 35 máquinas dialisadoras  (hemodiálise), e de  janeiro até dezembro de 2022, o centro registrou a marca de 22.906 sessões de hemodiálise em usuários já cadastrados. O Hospital Regional Abelardo Santos  já ultrapassou a marca de 20 mil sessões de hemodiálise.  Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia indicam que a Doença Renal Crônica (CDR), ou doença do rim, atinge 7,2 % para indivíduos acima de 30 anos e 28% a 46% em pessoas acima de 64 anos.

Ações de conscientização e serviços ocorrerão em Belém

Por essa razão, neste final de semana,  em alusão ao Dia Mundial do Rim, que transcorre na segunda quinta-feira de março, este ano neste dia 9,  a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa)  realizará ações educativas inseridas na programação do Programa TerPaz. Essas ações visam orientar a população sobre os principais cuidados que deve ter para manter os rins saudáveis.

 Para reduzir o impacto da doença renal em todo o mundo, a Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN) idealizou o Dia Mundial do Rim. No sábado (11), as atividades da Sespa ocorrerão na Usina da Cabanagem e Icuí, e, no domingo (12), na Usina da Terra Firme e Paar. São ações em complemento às realizadas pelo TerPaz, que já engloba aferição de pressão arterial, dosagem de glicemia, consultas em clínica médica, ginecologia e pediatria e encaminhamento para consultas especializadas e exames laboratoriais.

Para a coordenadora do Terpaz/Sespa, Marilda Braga, “muitas vezes alguns sinais e sintomas de doenças graves passam despercebidos pela falta de conhecimento sobre hábitos saudáveis. esse é o principal objetivo das políticas públicas realizadas no Terpaz, ir ao encontro do usuário e levar o que ele precisa”. A coordenadora estadual de Doenças Crônicas não Transmissíveis, Sílvia Corrêa, informa que a programação inclui palestra sobre sinais e sintomas de doença renal, fatores de risco para a doença, medidas de proteção e orientação sobre o fluxo de atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS).

“É importante que as pessoas cuidem dos seus rins para que não sejam acometidas por doenças renais, principalmente a doença renal crônica, em que os rins param de funcionar totalmente e a pessoa passa a depender de máquinas de hemodiálise e de um transplante renal para se libertar delas”, alertou Sílvia Corrêa.  Daí ser fundamental a pessoa fazer exames de creatinina no sangue e o de ureia na urina, para avaliar a função renal. A Sespa repassa que quando os rins começam a funcionar de forma inadequada e a sua capacidade de filtrar o sangue fica afetada, as concentrações de ureia e creatinina no sangue tendem a ser elevar. Quanto mais alta for a creatinina sanguínea, mais grave é a insuficiência renal.

Com a insuficiência renal, o organismo fica cheio de impurezas que impedem o funcionamento correto do organismo, o que pode ser fatal. Mas, existem dois tipos, a insuficiência renal aguda e insuficiência renal crônica. Na aguda, o quadro clínico é reversível e temporário; na crônica, não tem cura, e a pessoa precisa fazer uso de tratamentos que realizam a função do rim, para conseguir viver uma vida normal.

Ambos os tipos de insuficiência são decorrentes de outras doenças, como a diabetes, a hipertensão, a doença dos rins policísticos e a presença de obstruções nos rins, como cálculos renais.

Sintomas merecem atenção da população

Os principais sintomas de mau funcionamento renal são alterações da cor e aspecto da urina (cheiro, presença de sangue, espuma na urina), aparecimento de edemas no corpo, fadiga, cansaço, anemia, cheiro de urina na boca (hálito urêmico), fadiga e intolerância ao exercício. A Sespa informa que hipertensão arterial, diabetes, obesidade e fumo são fatores de risco para a doença renal crônica. Por isso, pessoas com esses quadros precisam dobrar os cuidados.

A alimentação é um fator que pode contribuir para prevenir a doença, bem como pode contribuir para piorar o quadro, se não forem seguidas as orientações definidas no acompanhamento nutricional. Deve-se evitar o excesso de sal, de carne vermelha e de gorduras, controlar o peso corporal, a pressão arterial, o colesterol e a glicose, ingerir a quantidade de água recomendada, além de praticar exercícios físicos regulares, evitar o fumo e as bebidas alcóolicas. A alimentação deve ter como base o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados.

Hemodiálise

A doença renal crônica é silenciosa e, na maioria das vezes, o diagnóstico é feito tardiamente, quando o funcionamento dos rins já está bastante comprometido. Nesse caso o paciente precisa fazer diálise três vezes por semana, o que afeta a sua rotina e da sua família. No Pará, o acesso a  Serviços de Terapia Renal Substitutiva (hemodiálise) em diversas regiões do Pará,  sob a coordenação do Governo Estadual.

Foram entregues, desde 2019, seis novos Centros de Hemodiálise, que funcionam no Hospital Regional Público do Marajó, em Breves; Hospital Regional do Tapajós, em Itaituba; Hospital Regional do Sudeste do Pará, em Marabá; Hospital Santa Rosa, em Abaetetuba; Policlínica de Tucuruí e Policlínica dos Caetés, em Capanema.

O transplante renal é a única forma que o paciente renal crônico tem para poder se libertar da máquina de hemodiálise. Nesse sentido, a Central Estadual de Transplantes (CET) da Sespa atua para sensibilizar a população sobre a importância da doação de órgãos e fortalecer a estrutura para viabilizar a captação e transplante de órgãos no Pará. .

Ao contrário do que algumas pessoas pensam, as pessoas começam a fazer hemodiálise para evitar maiores complicações. “É uma oportunidade de sobrevida, ou seja, um tratamento que garante, hoje, uma qualidade de vida bastante aceitável perto do risco que esse paciente tem de evoluir pouco tempo a óbito se não fizer o tratamento de substituição dos rins", enfatiza o nefrologista Luís Cláudio Pinto, do Hospital Regional Abelardo Santos (HRAS), em Belém. Segundo o médico,  40% dos pacientes diabéticos deverão ter alguma doença renal crônica durante a sua vida. Nesta quinta (9) e sexta-feira (10), o HRAS disseminará informações sobre a prevenção. 

Confira orientações e procedimentos para evitar problema com os rins:

- Fazer exame laboratorial 

- Sintomas: pressão alta, inchaço ao redor dos olhos e nas pernas, fraqueza constante, náuseas e vômitos frequentes, dificuldade de urinar, queimação ou dor quando urina, alterações na urina (sangue, urina com muita espuma, dificuldade de urinar)

 - Paciente diabético, hipertenso ou com histórico de doença renal na família tenha acompanhamento médico pelo menos uma vez por ano

Prevenção:  

- Controle do açúcar no sangue

- Praticar atividades físicas 

- Beber, diariamente, bastante água

- Não fumar

- Não usar remédios sem orientação médica

- Ter uma alimentação saudável e equilibrada

- Controlar o consumo de sal

    Fonte: Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna 

 

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