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Crianças são alvo da Síndrome Respiratória Aguda Grave; baixa cobertura vacinal é um risco

No Pará, apenas 3,34% do público infantil entre 5 e 11 anos recebeu duas doses da vacina contra a covid-19

Camila Guimarães
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De acordo com o boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), o Pará encontra-se em nível epidêmico (região nordeste e sudeste) e pré-epidêmico (noroeste e sudoeste) com relação a casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). O público mais afetado tem sido as crianças. Segundo dados do Vacinômetro, da Secretaria de Saúde do Estado do Pará (Sespa), a faixa etária de 5 a 11 anos tem apresentado baixa cobertura vacinal contra a covid-19, com apenas 3,34% do público imunizado com duas doses.

O boletim InfoGripe analisou a última semana epidemiológica, correspondente ao período entre 20 e 25 de março, em todas as macrorregiões de saúde de cada estado, e constatou que, no Pará, um caso de SRAG foi registrado a cada mil habitantes, acendendo o alerta para o problema que, no mês de fevereiro, era considerado um risco alto.

O estudo aponta o público infantil como principal afetado pela SRAG, notificando que, na faixa etária de 5 a 11 anos, houve uma interrupção na queda de resultados positivos para covid-19. O risco, então, é que novos casos voltem a surgir, considerando que apenas 23,97% das crianças estão vacinadas com uma dose e somente 3,34% contam com a imunização em duas doses, no Pará.

A baixa cobertura vacinal também aumenta o risco de superlotação dos leitos pediátricos exclusivos para covid-19 no estado. Segundo o boletim divulgado pelo governo no portal covid-19.pa.gov.br, os leitos clínicos pediátricos do Sistema Único de Saúde (SUS), em hospitais estaduais, encontram-se 100% ocupados, enquanto os leitos em UTIs pediátricas têm 20% de ocupação.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) se pronunciou.

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informa que o Pará não apresenta tendência de aumento de casos de internação por  síndrome respiratória aguda grave (SRAG). A Sespa ressalta que os números de internações até o mês de março confirmam esse cenário de queda, ou seja, foram registradas 2.581 internações por SRAG em janeiro, 618 em fevereiro e 153 em março. Além disso, a média de idade dos casos de hospitalizações por SRAG é de 43 anos.

 

Outros vírus que também causam síndrome respiratória merecem atenção

Na avaliação dos vírus causadores da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), o boletim tem observado um leve aumento por infecção de Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em crianças de 0 a 4 anos.

O VSR é um dos principais causadores de infecções no trato respiratório inferior de lactentes e crianças menores de 2 anos de idade, segundo informações do Portal de Boas Práticas do Ministério da Saúde (MS), e pode ser o responsável por até 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias durante os períodos de sazonalidade que, no Pará, corresponde aos meses entre fevereiro e junho.

Entre os sintomas de infecção por VSR estão: nariz entupido, coriza, tosse, dificuldade em respirar, chiado no peito ao inspirar e febre, podendo ser mais fortes em crianças e precisar de atendimento médico. O Portal de Boas Práticas indica a higienização das mãos e evitar ambientes fechados e aglomerados para prevenir a infecção do VSR.

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