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Castanhal: Natação terapêutica transforma a vida de crianças e adolescentes com deficiência

O esporte faz parte do Castelo dos Sonhos, projeto social que existe há 26 ano no município

Patrícia Baía
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O autônomo Lenivaldo de Abreu e o filho Samuel Lima de Abreu praticam juntos a natação terapêutica. O menino de 12 anos tem transtorno do espectro autista (TEA). O pai conta que a vida do filho mudou para melhor após a prática do esporte.

“Mudou muita coisa. Depois que ele começou a nadar passou a ter mais atenção em tudo e dá para perceber essa diferença e o melhor de tudo foi descobrir que ele gosta muito de nadar”, disse o pai.

Eliane de Souza é mãe do Gustavo Guimarães, de 12 anos, que também tem autismo. A dona de casa conta que o comportamento do filho é bem diferente de antes da prática da natação.

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“Ele é uma outra criança. Está mais sociável, calmo e interage com as pessoas. Tudo isso era quase impossível antes da gente vir para cá participar da natação e pra mim ajudou bastante também porque eu não conseguia praticar esporte”, contou a mãe.

As crianças e seus pais fazem parte de um projeto pioneiro no estado do Pará, a natação terapêutica inclusiva. A atividade começou há dois anos e faz parte do projeto social Castelo dos Sonhos. São 40 crianças e adolescentes deficientes que praticam o esporte junto com seus pais.

A natação terapêutica foi criada pelo coordenador do Castelo dos Sonhos, o professor de educação física, Nazareno Abraçado.

“A natação já existia no projeto há muitos anos, mas ela era competitiva. Os alunos competem até em campeonatos Norte /Nordeste da modalidade, mas há dois anos eu comecei a pensar nessas crianças que tem deficiências para terem uma oportunidade de participarem de um trabalho terapêutico. A novidade da natação é a participação dos cuidadores que são os próprios pais e mães fazendo a mesma coisa que os filhos fazem. E isso tem dado um resultado incrível no desenvolvimento dos alunos por causa desse elo e confiança que eles tem nos seus responsáveis”, explicou o professor Nazareno Abraçado.

image As crianças e seus pais fazem parte de um projeto pioneiro no estado do Pará, a natação terapêutica inclusiva. (Patrícia Baía / O Liberal)

A Priscila Nayana Azevedo, de 34 anos é uma das alunas mais velhas do projeto. A jovem é tem síndrome de Down e nada junto com a mãe, a dona de casa Maria José Azevedo.

“Ela é apaixonada pela água. A Priscila é muito mais feliz e saudável agora e eu também”, observou a mãe emocionada.

As aulas da natação terapêutica são gratuitas e realizadas as terças e quintas, pela manhã e à tarde, na academia Boa Forma que é parceira do projeto.  Os 40 alunos são divididos em duas turmas. As aulas são comandadas pela professora Adriana Araújo.

Castelo dos Sonhos

‘O Projeto Castelo dos Sonhos existe há 26 anos fazendo cidadania através da saúde, esporte e da cultura. Começou a ser desenvolvido no bairro do Jaderlândia, onde fica a sede e se está se tornando cada vez mais grandioso. Temos um prédio de dois andares que foi construído com apoio da Equatorial Energia. Ele é totalmente gratuito e temos também como parceiros a Hiléia, PMC, Senai / Sesi, TJ Exportação e o Jaderlândia Futebol Clube”, explicou o coordenador Nazareno Abraçado.

Fazem parte também da coordenação o educador e Reginaldo Mota e a professora Silvia Cristina Silva.

“A natação terapêutica é uma das atividades mais procuradas do Castelo dos Sonhos. Todos os dias recebemos pais em busca de tratamento para seus filhos com deficiência e a natação é vista como uma terapia também, mas infelizmente não temos como atender mais crianças”, disse Silvia Cristina Silva.

 

 

 

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