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CAPES: atraso está solucionado;1,6 mil acadêmicos do Pará seguem preocupados com verbas em 2022

Pará teve 1.668 acadêmicos do Pibid e de Residência Pedagógica foram atingidos pelo atraso no repasse de verbas no final do ano passado. Novo orçamento garantiu inclusive adiantamento de bolsas de janeiro deste ano.

O Liberal
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Como informou nesta quinta-feira (6) a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o orçamento previsto para 2022 terá aumento de 17% em relação ao do ano passado – os recursos esperados subiram de R$ 3,14 bilhões para R$3,68 bilhões. Segundo a Capes, o aumento de R$ 540 milhões garantirá o pagamento integral das bolsas de pós-graduação no país e a formação de professores. Os recursos foram assegurados a partir do trabalho do Ministério da Educação (MEC) e aguardam sanção presidencial por meio do PLN 19/2021. No entanto, ainda que o atraso verificado no pagamento de bolsas para a formação de docentes tenha sido superado, estudantes mostram-se preocupados com o futuro dessas ações acadêmicas em 2022.

A presidente da Capes, Cláudia Queda de Toledo, destacou que os recursos permitirão zerar o déficit de pagamento de bolsas de pós-graduação. “Começamos 2022 com a superação do problema que tivemos nos últimos três meses de 2021 para o pagamento das bolsas de formação de professores da educação básica”, afirmou. No ano passado, a Capes precisou esperar a aprovação de projetos de lei no Congresso Nacional para receber suplementação orçamentária para custear programas de formação de professores de formação básica e os bolsistas. As bolsas de janeiro deste ano, por sinal, foram adiantadas para o dia 30 de dezembro do ano passado.

No Pará, 1.668 acadêmicos que participam do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) e de Residência Pedagógica estavam com atraso no pagamento do auxílio. Em todo o Brasil, o atraso prejudicou mais de 60 mil pessoas, que recebem R$ 400 por mês. O pagamento das bolsas, voltadas à qualificação de futuros professores, é de responsabilidade da Capes, vinculada ao Ministério da Educação (MEC).

Somente na Universidade Federal do Pará (UFPA), 336 discentes, 42 docentes da educação básica, 14 docentes de cursos de graduação ou pós-graduação e duas coordenações institucionais encontravam-se com o pagamento das bolsas Pibid e de Residência Pedagógica atrasados. Na Universidade do Estado do Pará (Uepa), a Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) chegou a informar que entre as bolsas geridas pela Capes, 285 estavam em atraso, sendo 144 de Residência Pedagógica e 141 de Pibid. As bolsas são destinadas a preceptores, coordenadores institucionais, professores orientadores de projetos e alunos.

Um dos estudantes que foi prejudicado é Reyel Aquino, aluno do curso de Educação Física da UFPA. Ele contou que o pagamento era realizado sempre entre os dias 1 e 5 de cada mês. Estranhou quando o valor não foi depositado em sua conta.  "Sem falar que esse valor de 400 reais é antigo, muito desatualizado, não teve o ajuste da inflação e desde 2014 é o mesmo valor. Deveria ter sido ajustado e algumas bolsas foram ajustadas recentemente, em 2019, mas a nossa não.", reclamou o estudante. Nesta quinta-feira (6), Reyel declarou que o pagamento da bolsa do Pibid ficou atrasado em setembro e outubro, mas foi normalizado em novembro. O de dezembro foi pago em janeiro agora. “Eu fico preocupado se haverá recursos para a continuidade do Pibid, para que novos alunos possam participar dele”, externa. Reyel pontua que, além de ajudar na preparação para a carreira de docente, a bolsa também auxilia nos custos da universidade, como transporte e alimentação.

A preocupação de Reyel é a mesma da estudante Luciana Cardoso, de História, na Universidade do Estado do Pará (Uepa). “Como vai ser em 2022?”, pontua a aluna, residente em Vigia. Nos próximos dias 17 e 18 vão expor projeto no 2º Seminário Pibid UFPA.

 

"Estudantes prejudicados de maneira contundente", diz professora

Para a professora Joelma Morbach, responsável pelo Pibid na Pró-Reitoria de Ensino e Graduação (Proge) da UFPA, o atraso no pagamento das bolsas prejudicou de maneira contundente os estudantes, já que muitos deles usam o valor para arcar com custos de necessidade básicas importantes para a permanência e desenvolvimento das atividades na instituição.

"Além disso, a carga horária semanal de dedicação ao programa pelos discentes, exigida pela Capes, é de 30 horas semanais, além de ter que manter o bom desempenho acadêmico no curso de licenciatura ao qual está vinculado. Daí percebemos o quão desafiador tem sido o cumprimento de todas as atividades por estes discentes e ainda sem o auxílio financeiro necessário", afirmou a professora.

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