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Câncer de pele: Pará registra 409 casos da doença nos primeiros nove meses de 2022

Lesão na pele é o principal sintoma; veja como prevenir, onde tratar e o perfil da doença no Estado

Fernando Assunção
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O câncer de pele é o tipo mais diagnosticado da doença no Brasil, correspondendo a 31,3% do total de casos. No Pará, de janeiro a setembro de 2022, 409 novos casos de câncer de pele já foram registrados, cerca de 70% dos 578 diagnósticos confirmados em 2021, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). No Dezembro Laranja, mês destinado à prevenção e diagnóstico precoce do câncer de pele, a dermatologista e professora universitária de medicina, Renata Okajima, conta que os cuidados devem ser redobrados em regiões mais ensolaradas, como é o caso do Pará.

“Dezembro é o mês destinado a orientar sobre a prevenção ao câncer de pele. Lembrar que o câncer de pele é o mais diagnosticado no Brasil e no mundo. Esse alerta é importante principalmente para nós, que moramos em um estado onde tem uma incidência de sol muito grande”, diz a professora, que participou da campanha Dezembro Laranja, realizada no último sábado (3), em Belém, pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que levou serviços de atendimentos dermatológicos para avaliar casos suspeitos de câncer de pele à população em três pontos da cidade.

image Dezembro Laranja: mutirão avalia casos suspeitos de câncer de pele e orienta sobre prevenção
Em Belém, três pontos receberam a população; na Uepa, mais de 120 pessoas receberam atendimento dermatológico só no período da manhã

Sintomas

Lesões na pele são os principais sintomas do câncer de pele. Segundo a especialista, na maioria dos casos os ferimentos não incomodam, o que faz com que o paciente deixe para buscar avaliação médica tardiamente e acabe desenvolvendo casos mais graves da doença. “Qualquer ferida na pele que exista há algum tempo, mesmo que ela não coce, principalmente se for em área que não é coberta pela roupa, como face, orelhas e pescoço, é sintoma, é sinal de que essa lesão pode ser uma neoplasia (tumor)”, explica a médica.

Prevenção

A professora diz, ainda, que o sol é o grande inimigo quando o assunto é câncer de pele. Para se prevenir à doença, o uso do protetor solar é indispensável, assim como outras medidas fotoprotetoras, como uso de bonés e roupas adequadas. “Às vezes a pessoa julga que está tomando sol só naquele momento de lazer, mas o sol da praia e da piscina é o mesmo sol do dia a dia na cidade. Para nós, que quase não temos mudança de estação, é impossível não tomar sol, mas é preciso tomar alguns cuidados”, afirma. 

“A orientação que a gente dá, principalmente para a população que mora em um local tão ensolarado quanto o nosso, é realmente que se proteja do sol. O protetor solar é um aliado na prevenção, mas a gente também tem que lembrar que o chapéu, as roupas, os óculos escuros, tudo isso são medidas de fotoproteção”, completa.

Outros fatores também ser observados como a predisposição genética e o tipo de pele. Para esses, os cuidados devem ser ainda mais intensificados. “As peles mais claras são mais suscetíveis a desenvolver o câncer de pele por ter menos proteção. Se você tem uma pele mais clara, a única medida que depende única e exclusivamente de você, é realmente fazer a fotoproteção, é usar o protetor solar”, conclui.

Tratamento

A doença é diagnosticada e tratada em unidades de referência, a partir do encaminhamento de uma Unidade Básica de Saúde (UBS). No Pará, o atendimento inicial ocorre na Policlínica Metropolitana, em parceria com a Universidade do Estado do Pará (Uepa). O tratamento com cirurgia, quimioterapia e radioterapia é realizado no Hospital Ophir Loyola e Hospital Universitário João de Barros Barreto, ambos em Belém; Hospital Regional do Baixo Amazonas, em Santarém; e Hospital Regional de Tucuruí.

Perfil da doença

De acordo com os dados da Sespa, a maioria dos casos de câncer de pele no Pará ocorrem em pessoas do sexo masculino e são do tipo neoplasia maligna da pele. “Em 2021, dos 578 casos registrados, 319 foram no sexo masculino e 259 no sexo feminino. Dos 578 casos registrados em 2021, 41 foram melanoma maligno de pele, 402 outras neoplasias malignas da pele e 135 carcinoma in situ da pele. Já em 2022, dos 409 casos registrados, 20 foram de melanoma maligno da pele, 317 outras neoplasias malignas da pele e 72 carcinoma in situ da pele”, informa a secretaria em nota.

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