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Câncer de bexiga: Pará tem aumento de 23% nos casos em 2022, diz Sespa

Diagnóstico precoce pode ser determinante para o sucesso do tratamento, que pode consistir na retirada do tumor aliada a quimio e radioteparia; doença revelada por Celso Portioli e Roberto Justus tem

Camila Azevedo
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O câncer de bexiga é uma doença maligna e afeta majoritariamente a população masculina. No Pará, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) registrou um aumento em 2022 de cerca de 23% no diagnóstico da enfermidade: de janeiro a agosto de 2021, 47 casos foram contabilizados, ao passo que, no mesmo período deste ano, 58 pessoas tiveram o exame de rastreio com resultado positivo. Recentemente, o apresentador Celso Portiolli e o empresário Roberto Justus compartilharam em uma rede social sobre a luta enfrentada contra a doença, acendendo o alerta. Para aumentar as chances de cura e ter maior sucesso no tratamento, especialistas afirmam que a investigação precoce é a chave, além da necessidade de atenção aos sinais do corpo. 

Uma estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) aponta que 10.640 casos sejam diagnosticados no Brasil em 2022, sendo 7.590 em homens e 3.050 em mulheres. O tipo mais comum do câncer de bexiga é o carcinoma papilífero. Ele se desenvolve no interior do órgão e pode ter um aspecto infiltrativo.

Conheça os fatores ambientais e ocupacionais estão amplamente relacionados ao aparecimento da doença

  • fumo excessivo

Além da exposição a produtos como:

  • tintas,
  • corantes,
  • couro,
  • plásticos,
  • solventes,
  • demais substâncias químicas inaladas em locais de trabalho, devido à falta dos equipamentos de proteção individual. 

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Além das altas chances de fumantes terem o câncer, quem tem esse contato indireto não está distante do problema. Ricardo Tuma, médico urologista, explica que, ainda, outros princípios estão envolvidos. “A questão do consumo exagerado de alguns analgésicos, fenacetina principalmente, alguns agentes etiológicos, como schistosoma, que pode dar próximo na bexiga. Podemos ter irritações crônicas, cálculos de longa permanência que podem promover isso. Alguns hábitos que você pode fazer, como ingerir bastante líquido, porque você pode expelir essas substâncias que estão em contato”, afirma o doutor. 

Sinais de alerta não devem ser ignorados, diz especialista

O principal alerta que deve ser observado no dia a dia é o sangramento sem dor. Uma ultrassonografia na fase inicial da doença pode ser determinante. “Isso é pensar em algum tumor. Pode sangrar por causa de um cálculo, que é uma doença benigna, ou em um problema de próstata, uma infecção urinária, mas uma coisa que chama atenção é o indivíduo que vai urinar sem estar sentindo dor e vem com sangue aquela urina. Outros sintomas também, como o ardor miccional, aumento da frequência urinária, desconforto pélvico, são, muitas vezes, parecidos com doença de próstata", diz.

Toda vez que houver algum sintoma diferente do habitual, que não desapareça e seja persistente, como o sangramento, é importante buscar ajuda. “Se sangrou, tem que investigar todo o trato urinário, pode ser tumor de bexiga, mas pode ser próstata, rim, diversas outras doenças que necessitem de tratamento”, destaca Ricardo. 

Tratamento tem mais chances de sucesso se iniciar cedo

Ressecção endoscópica, quimioterapia e radioterapia fazem parte dos métodos utilizados para combater o câncer de bexiga. Quanto o tumor é localizado, há a retirada dele, no intuito de fazer o tratamento local. “E, em seguida, a depender da dimensão do quadro, você precisa complementar esse tratamento. Existem algumas terapias mais modernas que estão no cenário… São diversas drogas, algumas já aprovadas e algumas em fase de experimentação, mas que, certamente, vão trazer um ganho”, ressalta o médico. 

O especialista aponta, ainda, que não existe um período específico da idade para que o rastreio comece a ser rotina. Porém, é fundamental que os check ups a partir dos 35 ou 40 anos virem uma realidade. “Já precisam realizar exames e um ultrassom bem feito já vai suprir essa informação, para ver se a bexiga está em ordem. O exame de urina é para ver se tem algum sangramento, ele vai ajudar para poder estabelecer um diagnóstico correto”, finaliza Ricardo.

Serviço 

O atendimento inicial é feito pela Unidade Básica de Saúde (postos de saúde) até chegar à média e alta complexidade. Na rede estadual há as Unidades de Alta Complexidade em Oncologia, UNACONs, que diagnosticam e tratam os principais tipos de câncer, de Belém, Santarém e Tucuruí, além do Hospital Ophir Loyola, que é uma CACON (diagnostica e trata todos os tipos de câncer).

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