Cai o número de consumidores de bebidas alcóolicas no Pará, diz IBGE
Segundo a pesquisa, 17,3% da população adulta afirmou ter bebido semanalmente em 2019, contra 18,6% em 2013.

Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em convênio com o Ministério da Saúde, indicam que em 2019 a população do Pará apresentou redução no consumo de álcool por adultos. Segundo a pesquisa, 17,3% da população adulta afirmou ter bebido semanalmente, contra 18,6% em 2013. Entre os que costumavam beber mensalmente, também houve redução: em 2013 equivaliam a 21,4% dos adultos e em 2019 correspondiam a 20,7%. O quadro no Pará contrasta com o cenário nacional, em que houve aumento de quatro pontos percentuais (saltou de 26% para 30%) no consumo de álcool por adultos.
No comparativo por faixa etária (ambos os sexos), a maior proporção de pessoas que beberam pelo menos uma vez na semana foi de adultos com 25 a 39 anos (22%), seguida de perto por jovens de 18 a 24 anos (18,5%). Apenas 8,4% dos idosos de 60 anos ou mais consomem bebida alcoólica semanalmente, a faixa com o menor resultado.
Já no comparativo por sexos, 26,4% dos homens costumavam beber pelo menos uma vez na semana em 2019, quase o triplo do percentual feminino de 8,9%.
Renda
Na pesquisa, ao avaliar as faixas de rendimento, percebe-se também uma tendência: o consumo de álcool aumenta quando o rendimento é maior.
O índice fica entre 14% e 16% entre os sem rendimento ou que ganham até um salário mínimo, chega a 22% nos que estão na faixa de um a dois salários mínimos e dispara entre os que ganham mais de cinco salários: 42,5%.
Homens na direção
Nota-se, também, que dirigir depois de beber é uma tendência majoritariamente masculina. Enquanto em um intervalo de 12 meses, 25,6% dos homens dirigiu após beber, o percentual de mulheres que fez o mesmo foi 11%.
Entre os que misturaram trânsito e direção, constatou-se que a maioria tem os níveis de escolaridade sem instrução e fundamental incompleto (30%) e fundamental completo e médio incompleto (30%), enquanto um número menor possui o nível superior (15%).
A pesquisa sinaliza que o consumo de bebida alcoólica é um dos maiores fatores de risco para a população, sendo considerado uma das principais causas de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), bem como dos acidentes e violências.
Na avaliação do próprio estado de saúde, 59,5% da população do Pará com mais de 18 anos avaliou ter a saúde boa ou muito boa.
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