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Cães da Guarda Civil ajudam no combate ao tráfico de drogas no nordeste do Pará

Os cachorros conseguem detectar uma variabilidade maior de cheiros e se tornaram parte crucial em operações policiais

Patrícia Baía

Os cães possuem um olfato cerca de 50 vezes maior que o dos seres humanos. O nariz do ser humano conta com cerca de 5 milhões de células olfativas. Um número pequeno, se comparado as 250 milhões de células que há no focinho do cachorro.

image Em Castanhal, a utilização de cães farejadores é feita pela Guarda Municipal por meio do Núcleo de Operações com Cães- NOC (Patrícia Baía/ O Liberal)

Graças ao seu olfato apurado, os cachorros conseguem detectar uma variabilidade maior de cheiros e se tornaram parte crucial em operações policiais. Com o auxílio dos cães farejadores as fiscalizações em veículos, bolsas e bagagens tornaram mais assertivas na busca de drogas e armas.

Em Castanhal, a utilização de cães farejadores é feita pela Guarda Municipal por meio do Núcleo de Operações com Cães- NOC, que foi criado em maio deste ano.

O NOC tem quatro cães lindos e atuantes no combate à criminalidade. Três são da raça Pastor de Malinois, também conhecido como Pastor Belga e uma Labradora.

Os Malinois são o Faruk de 11 meses, a Malia de 5 meses e o Scott de 1 ano e 4 meses. A Labradora se chama Megan e tem 5 meses. A equipe em apenas 4 meses de atuação já conseguiu retirar das ruas de Castanhal mais de 10 milhões de reais em drogas e se transformaram num diferencial no enfrentamento ao tráfico de drogas e outros ilícitos em toda região nordeste do estado. Como explica o coordenador do NOC, David Sales. “Nós damos apoio nas operações das forças de segurança pública. As drogas foram encontradas, principalmente, em veículos que foram parados em barreiras das Polícias Rodoviária Federal e Estadual. Nossos cães, em especial o Scott vai a todas as operações que são solicitadas”, explicou.

Treinamento

Tudo por uma bolinha. Sim eles “trabalham” em troca das tão desejadas bolinhas. “Essa é a recompensa. Assim que fazem o trabalho recebem como pagamento a bolinha. Na verdade tudo para o cão é brincadeira. Eles estão se divertindo e não trabalhando”, explicou David Sales.

image Scott, presente em todas as operações (Patrícia Baía/ O Liberal)

A formação dos cães é feita com adestramento e a estampagem. O adestramento é a fase de condicionamento onde o cachorro aprende os comandos. “Ele aprende a se comunicar. É linguagem comum entre o adestrador e o cão”, contou o coordenador do NOC.

Já a estampagem é o conhecimento dos cheiros de maconha, cocaína, anfetaminas e Skank, assim como de pólvora para detectar armas. Tem também os cheiros de cadaverina, que são todas as fases da decomposição de um corpo.

De acordo com David Sales as duas fêmeas estão sendo recebendo um treinamento específico para detectar pessoas vivas e mortas. “Em Castanhal existe uma demanda muito grande de ocorrências de pessoas que se perdem nas áreas rurais e em fazendas e nós somos acionados para achar essas pessoas. Por causa dessa realidade, estamos fazendo esse treinamento diferenciado”, disse.

A Malia, além do treinamento para achar pessoas perdidas está passando por socialização e ambietalização. Em breve participará de terapias com crianças altistas com a Cinoterapia que é a Terapia Facilitada por Cães (TFC). Uma atividade que utiliza o cão como facilitador no processo terapêutico. “A Malia será utilizada também com essa função. As crianças irão poder se aproximar e tocar nela sem se assustarem e vai ser um trabalho de grande importância”, explicou David Sales.

Capacitação

A equipe do NOC é formada pelo coordenador David Sales, e os inspetores Sandra Sozinho, Wenderson Alves, Gilvan Pereira e Rubenor Sá. Todos passaram pelo curso de formação de instrutores de cães de polícia. “O NOC tem grande importância para o trabalho da GCM, principalmente nas ações conjuntas com as outras forças de seguranças. É importante salientar que o núcleo se tornou referência e está contribuindo com a formação de outros agentes se seguranças do estado”, disse o subcomandante da GCM, Jarbian Lima.

image Com o auxílio dos cães farejadores as fiscalizações em veículos, bolsas e bagagens tornaram mais assertivas na busca por drogas e armas (Divulgação/ Guarda Municipal)

As principais raças de cão farejador

Labrador, Pastor Alemão, Rottweiler e Pastor Belga são algumas das raças mais utilizadas pela polícia, destacando características valiosas que vão além da grandiosa sensibilidade olfativa canina.

Coragem, lealdade, obediência e energia são fatores extremamente importantes em um cão farejador. Treinados desde filhotes, os cães policiais são do tipo que adoram trabalhar para agradar seus donos e, incentivados a desenvolver o seu sentido olfativo desde pequenos, podem ser usados para a identificação e busca dos mais diferentes itens.

O pastor Belga se adaptou facilmente ao clima do Pará que é quente e úmido.

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