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Bailarinos de Castanhal participam de competição internacional e falam sobre a falta de apoio

São seis jovens talentosos bailarinos de Castanhal que já estão com as sapatilhas prontas para disputar a semifinal sulamericana do YAGP, mas as dificuldades existem

Patrícia Baía

São seis jovens talentosos bailarinos de Castanhal que já estão com as sapatilhas prontas para disputar a semifinal sulamericana do YAGP (Youth American Grand Prix), que acontece em Goiânia, nos dias 10 a 16 de outubro. O YAGP é a maior competição internacional de ballet contemporâneo do mundo.

image São seis jovens talentosos bailarinos de Castanhal que já estão com as sapatilhas prontas para disputar a semifinal sulamericana do YAGP (Divulgação/ Studio Alpha)

Cecília Jardim, de 10 anos, Renata Oliveira, 10 anos, Luiz Martins, de 16 anos, Yuhiroshi Isabe, 19 anos, Amanda Monique, 20 e Luma Moraes de 21 anos são os jovens bailarinos e premiados, que irão participar do YAGP. Eles fazem parte da escola de ballet Studio Alpha, da professora Gyslene Araújo. “Nossos bailarinos terão a oportunidade de fazer aulas com profissionais renomados do Brasil e fora do país, e concorrem a uma bolsa para participar do YEGP nos Estados Unidos, em janeiro do ano que vem”, disse a professora.

A nota exigida para conseguir passar nesta fase é acima de 96. Para isso os bailarinos estão em uma rotina de treinos mais puxado. “O esforço é muito grande, mas eles estão acostumados com as competições e quanto mais perto o dia da viagem, aumentam os ensaios e a dedicação”, disse Gyslene Araújo.

A bailarina Renata é uma das mais ansiosas para viajar. Com 10 anos de idade, mas com responsabilidades iguais as das outras bailarinas. “Eu estou me esforçando e ensaiando todos os dias da semana. Só descansamos no sábado e domingo”, contou.

image Os alunos do Studio Alpha são bailarinos premiados nacionalmente e internacionalmente (Divulgação/ Studio Alpha)

A mãe da Renata contou que a filha é muito disciplinada, principalmente com as roupas e acessórios que usa nos ensaios. “Ela acorda cedo, separa e arruma tudo em cima da cama. Ser bailarina é muito mais que um sonho para ela, é o que quer para vida e por isso é muito focada. Começou a dançar com quatro anos e participar de uma competição como essa vai dar experiência a minha filha”, disse.

A mãe da bailarina Cecília Jardim, que também tem 10 anos, falou que a menina já nasceu com a vocação para a dança. “Desde recém nascida as perninhas dela já não paravam e ela sempre foi musical e quando bebê amava dançar, depois começou a criar coreografias e foi então que percebemos que ela tinha muito talento para o balé”, contou.

Os alunos do Studio Alpha são bailarinos premiados nacionalmente e internacionalmente. O último festival em que brilharam foi o Festival Internacional de Dança da Amazônia. “Ganhamos em primeiro lugar com o conjunto de adultos, com solos infantis e juvenis. No CBDD, que é o Conselho Brasileiro de Dança, e produzido pela Unesco, viemos também com premiações nos três primeiros lugares e até com bolsas de estudo para Argentina e Estados Unidos. Porém não temos ainda condições de tirá-los do pais “, disse Gyslene Araújo.

Segundo a professora o sonho dos bailarinos está esbarrando em dificuldades financeiras devido à falta de apoio no município de Castanhal. “Nós somos do interior do estado do Pará, mas o talento que nós temos é muito grande. Estamos competindo com bailarinos de São Paulo e Rio de Janeiro onde as condições são melhores, mas nada apaga o nosso talento. E eles merecem novas oportunidades, mas infelizmente nós não temos políticas públicas que nos dê apoio. Falta um pouco de boa vontade governamental e também dos nossos empresários”, pontuou.

Uma das maneiras, que as mães dos alunos e a escola, encontraram para driblar a dificuldade financeira é venda de rifas. “A gente faz de tudo e todos ajudam. Tem mãe que sabe fazer artesanato e vende para ajudar, outra faz comida para vender em eventos e não podemos de deixar de fazer as rifas. A Prefeitura de Castanhal nos ajuda também com parte do valor do ônibus, mas para essa viagem para Goiânia temos quatro bailarinos que ainda não tem a passagem”, contou Gyslene Araújo.

Bolshoi

A Escola do Teatro Bolshoi no Brasil funciona desde 15 de março de 2000, na cidade catarinense de Joinville. É a única filial do famoso Teatro Bolshoi da Rússia.

image Os bailarinos estão em uma rotina de treinos mais puxados (Divulgação/ Studio Alpha)

Proporciona a formação de artistas da dança, ensinando a técnica de balé segundo a metodologia Vaganova, dança contemporânea e disciplinas complementares. Com alunos vindos de diferentes estados brasileiros e do exterior, a instituição ressalta o seu compromisso social, ao conceder 100% de bolsas de estudo e benefícios para todos os alunos. Uma Seleção acontece todos os anos para o ingresso de novos bailarinos.

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