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Alter do Chão pode precisar de várias medidas preventivas contra novo coronavírus

Foto do velório da senhora de 87 anos, a primeira vítima confirmada da covid-19 em solo paraense, mostra que comunidade não seguiu nenhuma regra de segurança

Victor Furtado
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Quando uma senhora de 87 anos morreu, no dia 19 de março, em Alter do Chão, no município de Santarém, ninguém tinha certeza de que ela seria a primeira vítima da covid-19 no território paraense. Até mesmo a família questionava e o caso já se tornou numa investigação policial, já que o médico que atendeu a idosa não comunicou a suspeita da doença, causada pelo novo coronavírus (sars-cov-2). E assim, ela foi velada e enterrada sem qualquer medida preventiva, numa praça lotada.

Desde quinta-feira (2), circularam fotos do velório da idosa. Foi numa praça, em Alter do Chão mesmo. Muitas pessoas aglomeradas — muitas idosas —, sem máscaras e o caixão aberto. Era uma pessoa querida e muito conhecida. Mas isso não justifica o risco que velórios e enterros podem representar, caso não haja os devidos cuidados. A simples aglomeração de pessoas já deve ser evitada. E se as cerimônias de despedidas forem para pessoas com suspeita da doença, confirmadas ou não, ainda mais precauções são necessárias.

Pelas normas do Ministério da Saúde, velórios precisam ser feitos em locais abertos e com não mais que 10 pessoas, não idosas, e usando acessórios de proteção, como máscaras e luvas. Esse máximo de 10 pessoas já deve respeitar a distância mínima de segurança, de 1,5 metro. O caixão deve estar fechado e o corpo deve estar, preferencialmente, em envólucro de segurança. O enterro ou cremação deve contar com trabalhadores devidamente protegidos. Caixão ou urnas devem ser higienizados.

São medidas tristes para quem perde um familiar ou amigo. As despedidas podem nem ser feitas de forma digna e adequada. Mas são prevenções necessárias, para que outras vítimas não acabem sendo feitas pela doença, que tem um potencial de transmissão elevado e muito rápido.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Santarém comunicou que "...foi informada sobre o caso da vítima em questão após o óbito e, consequentemente, a realização do velório. Os procedimentos de segurança instruídos pelos protocolos de segurança estão sendo seguidos após o conhecimento dos fatos". No entanto, não foram dadas mais explicações a respeito e nem quais seriam essas medidas de segurança.

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