Alertas de desmatamento caem 11% no Pará, segundo dados do Inpe

Operação Amazônia Viva e Territórios Sustentáveis estão entre as ações realizadas que refletem a diminuição

O Liberal

Os alertas de desmatamento no Pará reduziram em 11%, de acordo com a pesquisa feita pelo sistema Deter, levantamento rápido de alertas de evidências de alteração da cobertura florestal na Amazônia, feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A diminuição considera o calendário Prodes, período entre agosto de 2020 a abril de 2021 e agosto de 2021 a abril de 2022.

Em abril deste ano, apesar do Pará ter registrado aumento de 34% em relação a 2021, o estado foi o sexto no ranking da Amazônia Legal que teve aumento percentual do desmatamento no mesmo mês, juntamente com o Maranhão. Os alertas aumentaram em 170% no Tocantins, 122% no Acre, 113% no Mato Grosso, 107% em Rondônia e 99% no Amazonas. Na região amazônica como um todo, o aumento foi de 73%, o que demonstra que o aumento do desmatamento no Pará em abril está inserido na tendência regional.

Altamira, Novo Progresso, São Félix do Xingu e Itaituba, por exemplo, são alvos constantes da operação Amazônia Viva, deflagrada por meio da institucionalização da Força Estadual de Combate ao Desmatamento, que compõem um dos quatro eixos do Plano Estadual Amazônia Agora. Para efetivar as ações, houve o  aumento, pela atual gestão, de quase 1.000% no número de fiscais em campo.

O balanço com os resultados obtidos desde a primeira operação, em junho de 2020, até 4 de abril de 2022, indica que 345 mil hectares estão sob procedimentos de fiscalização nas áreas mais críticas do desmtamento no estado; 10.417,0296 m³ de madeira em tora apreendida por exploração ilícita; apreensão de 2.084,97376m³ de madeira serrada extraída de forma ilegal; 6.469 unidades de estacas extraídas ilicitamente apreendidas; 362 motosserras utilizadas na derrubada de árvores foram retiradas da mata; apreensão de 136 tratores/carregadeiras/escavadeiras usados no desmatamento ilegal; 55 tratores/carregadeiras/escavadeiras destruídos ou inutilizados encontrados em área de difícil acesso; 144 armas de fogo e 671 munições fora de circulação; 117 acampamentos destruídos e 62 garimpos ilegais interditados.

“Para vencer os desafios e a ausência de ações efetivas e integradas da União, o governo do Pará não vem medindo esforços para mitigar a devastação do meio ambiente e promover o desenvolvimento socioeconômico que mantenha a floresta de pé, em especial em terras de gestão estadual, que representam 30% do território, enquanto que as de competência do governo federal totalizam 70%”, ressaltou o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O’de Almeida.

Paralelo a isso, o governo do estado criou a política do Territórios Sustentáveis que integra o PEAA e já alcançou cinco territórios TS: PA-279, TS BR-235, TS Baixo Araguaia, TS Carajás e TS Tocantins, visando geração de renda, progresso socioeconômico, e o principal, com ações que mantêm a floresta de pé. Em dois anos, mais de mil produtores foram atendidos e a projeção é alcançar 3 mil até o fim de 2022, a partir de parcerias com o setor privado e terceiro setor.

O TS oferece alternativas para uma transição econômica da forma de produção das áreas pressionadas pelo desmatamento no Pará, a partir de contrapartidas ofertadas pelo estado e seus parceiros, tanto para regularização ambiental, zoofitossanitária e fundiária, quanto para o fomento produtivo sustentável. A política também assegura a garantia de documentos para que o produtor do campo possa ter acesso a benefícios governamentais e créditos bancários para investir na produção e compra de equipamentos.

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