Agosto Dourado: aleitamento materno previne doenças tanto para a mãe quanto para o bebê
Campanha tem como objetivo alertar as famílias sobre a importância da amamentação com leite humano

O início deste mês marca o começo da campanha Agosto Dourado, necessária para a conscientização da importância do aleitamento materno. Ainda com todos os benefícios da amamentação, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que apenas 39% dos bebês brasileiros recebem o alimento com exclusividade até os cinco meses de vida. Em Belém, a Fundação Santa Casa de Misericórdia é referência em banco de leite humano e já soma 1.616 litros de leite coletados entre janeiro e julho de 2022. O quantitativo arrecadado é distribuído, além de incentivar e alertar as famílias sobre as vantagens tanto para a mãe, quanto para o bebê, de manter a amamentação.
A iniciativa foi criada pela OMS em parceria com o Fundo das Nações Unidas (Unicef) por entender o padrão ouro em qualidade no leite materno, contendo todos os nutrientes e anticorpos necessários para o bom desenvolvimento da criança. Entre as doenças prevenidas com a amamentação regular, estão as anemias, alergias e infecções respiratórias. Portanto, não há necessidade de outro tipo de alimento até o sexto mês de vida do bebê.
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O trabalho da Santa Casa consiste em ampliar a adesão das mães ao aleitamento e a doação, atuando em proteger e dar apoio ao longo desta fase. A responsável técnica pelo banco de leite do hospital, Vanda Marvão, explica que o alimento faz toda a diferença principalmente para a recuperação de crianças prematuras internadas. “Estamos aqui para receber os bebês internados e aquela mãe que não está conseguindo alimentar. Não é apenas um alimento, o leite materno protege a criança. A criança que está internada, protegida, ela se recupera mais rápido”, afirma a especialista.
Antes do leite chegar ao bebê, um processo de triagem é feito, tudo para garantir ao máximo a qualidade do que será entregue. A fase tem início com a mãe, que precisa ser saudável e estar disponível para doar, sendo um ato voluntário. Com a chegada do material aos laboratórios da Santa Casa, tudo é monitorado: a embalagem, a cor e o cheiro do leite, a acidez, calorias e lipídios. “Quando esse leite chega, ele passa por uma análise sensorial, depois uma físico química e, por fim, uma análise microbiológica. São testes para ver se o leite está adequado, então a gente classifica para ir o melhor leite à criança”, diz Vanda.
A gestora ambiental Amanda Gomes, de 34 anos, é mãe de duas crianças que precisaram se alimentar com leite humano doado. O filho mais novo e recém nascido, Gabriel, de apenas um pouco mais de um mês de vida, nasceu prematuro e está internado na unidade recebendo os cuidados diários e intensivos. Ele tem necessidade de complementar a alimentação pela dificuldade de mamar.
Além de receber o alimento, Amanda também doa. Para ela, esse é um gesto de gratidão. “É muito importante, não só para a mãe, mas para todos os bebês que estão aqui. A gente precisa ser uma pessoa acolhedora, não é só o nosso que precisa, os demais também. Assim como a gente doa, muitas outras mães doam. É muito bom, tanto para nós quanto para quem recebe”, destaca.
Benefícios da amamentação
Para a mãe:
→ Promove o vínculo entre a mãe e o bebê;
→ Diminui os riscos de desenvolver câncer de mama, de útero, de ovário, diabetes e pressão alta;
→ Reduz a depressão pós-parto.
Para o bebê:
→ Previne anemia, infecções respiratórios e alergias;
→ Evita diarréia;
→ Previne doenças futuras, como diabetes, hipertensão e obesidade.
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