'Agora faço dois aniversários no ano', diz militar que venceu a covid-19 em Belém

Após enfrentar o medo e sobretudo a debilitação provocada pela covid-19, infecção causada pelo novo coronavírus, o sargento reformado da Polícia Militar do Pará, Dilson Silva de Oliveira, está plenamente recuperado e recomenda o máximo de atenção aos companheiros de farda.

“Não façam como eu, que batia no peito e dizia que não iria pegar. Hoje eu sou testemunha viva", alertou o sargento, ao lado da esposa e de uma das filhas, na terça-feira (12). "Companheiros, tenham o máximo de cuidado, usem todos os equipamentos de proteção, luva, máscara”, acrescentou ele.

O sargento Dilson começou a sofrer os sintomas da doença em 11 de abril de 2020. Primeiro, pensou tratar-se de uma gripe comum, mas quatro dias depois, a família o levou para o Hospital Divina Providência, em Marituba, na Região Metropolitana de Belém, após foi transferido para o Hospital de Campanha do Hangar, onde ficou oito dias até que recebeu alta em 28 do mês passado. 

O militar afirmou que sentia cansaço, febre, diarreia e muita tosse. A esposa dele, Valda de Oliveira, de 55 anos, também apresentou alguns sintomas mas reagiu bem aos remédios prescritos. "Agora eu faço dois aniversários no ano, um no dia 6 de outubro e outro no dia 28 de abril", comemora o sargento.

O militar reiterou que teve todo o apoio do comandando-geral da PM, que logo acionou os médicos da PM, que o transferiram para o Hangar. A família agradeceu, também, aos médicos e psicólogos da PM, que em nenhum momento deixaram de manter contato.

Além do sargento reformado Dilson de Oliveira, outros militares conseguiram superar a doença do novo corona, com o apoio do Corpo Militar de Saúde (CMS), bem como por meio de atendimento nos sistemas de saúde estadual, municipal ou pelos planos de saúde particulares, como a subtenente convocada Lúcia Corrêa; o sargento Nazareno da Silva, da 6ª Companhia Independente de Polícia Militar (Tailândia); o tenente-coronel Ed-Lin comandante do 20º Batalhão.