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Wally Funk parte para o espaço a bordo do foguetão de Jeff Bezo. O que significa este grande passo?

A ex-piloto de aviões demorou mais de cinco décadas para alcançar o seu maior sonho

O Liberal

Aos 82 anos de idade, tendo demorado mais de cinco décadas para alcançar o seu maior sonho, Wally Funk parte nesta terça-feira (20) para o espaço a bordo de um foguetão da Blue Origin, acompanhando Jeff Bezo, o homem mais rico do mundo, em primeira viagem turística espacial. As informações são do Portal Observador.PT.

 A ex-piloto de aviões, primeira investigadora de segurança aérea do National Transportation Safety Board (NTSB) e primeira inspetora da Federal Aviation Administration (FAA) será a pessoa mais velha a viajar no espaço.

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Em um vídeo publicado nas redes sociais do multimilionário, Wally Funk revelou que é piloto desde seus 19 anos, que já soma 19.600 horas de voo e que já ensinou mais de 3.000 outras pessoas a pilotar. Contudo, nunca foi capaz de cumprir o seu maior sonho, ainda que tenha demonstrado habilitações para tal. Porquê? Por ser mulher.

 

 

Segundo o jornal britânico The Telegraph,em 1961, Mary Wallace “Wally” Funk, com apenas 21 anos e já com o cargo de instrutora profissional de aviação, aderiu ao programa “Mulheres no Espaço” — um projeto inspirador que, na realidade, nunca conseguiu cumprir o seu objetivo e enviar uma mulher para o espaço. Foi o primeiro “não” recebido pela ex-piloto no que toca à sua vida de astronauta. Ainda assim, nunca desistindo, entrou num programa da NASA projetando provar que as mulheres também eram capazes de serem submetidas aos mesmos testes físicos e psicológicos a que os astronautas masculinos são sujeitos.

1979 foi outro ano em que o espaço parece ter aberto portas a Funk, quando a NASA anunciou, pela primeira vez, que estaria aceitando astronautas do sexo feminino. Wally candidatou-se quatro vezes, mas nunca conseguiu ser aprovada, em grande parte por causa de sua idade, na época com 40 anos. Decidiu então, que tinha sido a sua terceira e última desaprovação e começou a juntar dinheiro para que conseguisse comprar uma viagem. Já não se importava por não ser astronauta e sim uma turista espacial. Ela apenas queria concretizar o seu sonho, acrescenta o jornal britânico The Guardian. Mas a partir do momento em que Jeff Bezo entrou na sua vida e lhe ofereceu uma viagem a bordo da sua nave da Blue Origin, o investimento já não foi mais necessário.

Parece que, finalmente, a futura astronauta conseguiu vencer os estereótipos sociais. Enquanto que na década de 1960 o problema era ser do género feminino e na década de 80 o problema era ter mais de 40 anos, em 2021 não surgiu qualquer uma destas questões como entrave. Wally termina com a esperança de que as mulheres se sintam inspiradas e que sigam os seus passos.

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